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FGTS: onde seu dinheiro pode render mais

Por Felipe Tadewald
Atualização:
FOTO: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO  

Nesta quarta-feira, 24 de julho, o governo anunciou a liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep para contas ativas e inativas, no período entre setembro de 2019 e março de 2020.

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O saque está limitado a R$500, mas a ideia é que no próximo ano o trabalhador possa fazer um resgate anual no mês de aniversário que será atrelado ao valor que possui na conta.

Apesar das limitações, essa liberação já é uma boa notícia para os poupadores. Retido nesses fundos, esse dinheiro fica impossibilitado de render o quanto realmente poderia. No entanto, sempre é preciso ser estratégico na hora de aproveitar esse valor, levando-se em conta não só o que você tem nas mãos, mas também o cenário econômico que nos cerca.

Antes de pensar em aplicar qualquer quantia, lembre-se de quitar as suas dívidas. Isso porque, mesmo investindo em ações, dificilmente uma aplicação vai entregar retornos superiores ao custo de um produto de crédito bancário, por exemplo.

Saindo desse ponto de partida, hoje observamos muitas boas oportunidades em ações e Fundos Imobiliários. Muitos pensam que é preciso muito dinheiro para começar, mas é possível encontrar opções de aplicações que exijam menos de R$500.

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O primeiro item que mexe diretamente com os rendimentos são as taxas de juros, em queda há bastante tempo.

Se pegarmos para analisar os juros reais então, alcançamos mínimas históricas. Ao redor do mundo, juros negativos estão se tornando cada vez mais comuns.

Não tem jeito. Quem quiser obter rentabilidade diferenciada, terá que caminhar em direção à renda variável. Se num passado não tão distante era possível investir em Tesouro Selic e ganhar algo próximo de 14,25% ao ano em rentabilidade bruta, hoje, o mesmo título remunera menos de 6,5%.

E essa tendência de juros baixos deve continuar, sobretudo enquanto a economia não apresentar recuperação consistente.

Mesmo com o recente rali do mercado de ações, existem empresas que só em dividendos entregam mais que 100% do CDI sem dificuldade.

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Além do mais, com a redução do custo de capital por parte dessas empresas, os dividendos tendem a apresentar crescimento relevante. Investir em companhias do segmento elétrico, sobretudo empresas ligadas à transmissão e geração renovável, garante um perfil mais defensivo para a carteira do investidor, ideal para aqueles que querem iniciar na bolsa sem correr muitos riscos, mas sem abrir mão de ganhos interessantes.

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No mercado dos Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), apesar de uma grande estagnação econômica observada nos últimos anos, há uma clara tendência de melhora do ritmo de locação de imóveis corporativos, isso tende a se traduzir em recuperação no valor dos aluguéis por m² e reduzir a vacância, que é a taxa de imóveis sem ocupação.

Os setores de shoppings e logísticos também apresentam boas oportunidades, aliando potencial de renda e valorização.

Por último, e não menos importante, quem quer se dar bem no mercado de investimentos não pode se esquecer de pensar na diversificação, que passa principalmente pelo fator geográfico.

Com a valorização dos ativos de risco brasileiros, começa a ficar mais interessante do que nunca investir no mercado americano e ter uma posição da carteira atrelada à moeda forte.

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Bancos sólidos como JP Morgan e Wells Fargo negociam hoje com um dos menores múltiplos dos últimos anos.

Fora do setor financeiro, gigantes como Apple e Google também se configuram como boas opções.

Lembro apenas que, para quem quer começar com apenas R$500, é preferível fazer o investimento diretamente nos papéis e não via BDRs.

*Felipe Tadewald, especialista em renda variável da casa de análise financeira Suno Research

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