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Favreto quis favorecer Lula, diz PGR

Raquel Dodge destaca 'notórias e estreitas ligações afetivas, profissionais e políticas' do desembargador com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem concedeu habeas corpus neste domingo, 8

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Por Redação
Atualização:

Desembargador Rogério Favreto, que mandou soltar Lula. Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4

A procuradora-geral Raquel Dodge afirmou que o desembargador Rogério Favreto 'pretendeu favorecer' o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao conceder habeas corpus ao petista neste domingo, 8. Ela enviou nesta quarta-feira, 11, ao Superior Tribunal de Justiça pedido de abertura de inquérito judicial contra o magistrado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) Rogério Favreto, pelo crime de prevaricação.

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Raquel diz entender que o magistrado agiu fora da sua competência ao conceder liminar em habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O STJ é a Corte competente para julgar supostos crimes de desembargadores.

A PGR também enviou ao Conselho Nacional de Justiça reclamação disciplinar contra o desembargador do TRF-4 em que pede sua aposentadoria compulsória.

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Plantonista do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, neste domingo, 8, Favreto expediu duas decisões que mandavam soltar Lula, posteriormente derrubadas pelo presidente da Corte, Thompson Flores, e pelo relator da Lava Jato, João Pedro Gebran Neto. O STJ também rejeitou habeas a Lula.

Ao STJ, a procuradora-geral vê partidarismo na decisão de Favreto e menciona que o desembargador já foi filiado ao PT, além de assessor da Casa Civil no Governo Lula. "Este histórico revela que a conduta do representado não favoreceu um desconhecido, mas alguém com quem manteve longo histórico de serviço e de confiança e que pretendeu favorecer".

"As notórias e estreitas ligações afetivas, profissionais e políticas do representado com o réu, cuja soltura ele determinou sem ter jurisdição no caso, explicam a finalidade de sua conduta para satisfazer interesses pessoais e os inexplicáveis atos judiciais que emitiu e os contatos que fez com a autoridade policial para cobrar urgência no cumprimento de suas decisões", argumenta.

COM A PALAVRA, FAVRETO

O desembargador afirmou que não vai se manifestar e que ainda não teve ciência do conteúdo das representações da PGR.

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