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Falta inovação no comércio exterior

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Por Thomas Raad
Atualização:
Thomas Raad. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

A falta de inovação e o uso de processos engessados, sem nenhum tipo de padronização entre exportadoras, operadoras logísticas, despachantes e importadores é a principal causa do comércio exterior não evoluir mais do que o atual estágio.

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Quase tudo dentro de um processo de exportação está totalmente arcaico. Eu faço vendas de commodities para o Oriente Médio diariamente, já fiz negócios com mais de 25 diferentes tipos de exportadoras, lidei com mais de 15 diferentes tipos de agentes marítimos e despachantes e identifiquei que cada processo é quase um parto, pois as empresas não têm nenhum tipo de padronização entre elas, como enviar documentos, fotos, solicitação de controle de qualidade ou transporte.

E qualquer erro, pasme, pode gerar prejuízo de no mínimo US$ 1 mil para quem cometeu o deslize e para piorar, se houve falha de comunicação e o embarque acaba sendo atrasado, o importador que compra grandes volumes fica totalmente insatisfeito, culminando na perda desse cliente.

O mercado necessita urgente de uma startup na área de comércio exterior com o objetivo de diminuir a pulverização da compra de commodities e aumentar o customer experience das importadoras ao redor do mundo oferecendo um sistema atendimento personalizado, baseado em dados, tecnologia e know-how para clientes do mundo todo.

Infelizmente, o mercado está obsoleto e os clientes no exterior têm dificuldades com os idiomas inglês e português, causando ruídos e perdas na comunicação por e-mail e mensagens no WhatsApp para gerar negócios.

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O mercado de exportação de agronegócio/alimentos movimenta mais de US$ 100 bilhões de dólares por ano e, por todos esses motivos, é preciso estar atento.

*Thomas Raad, trader de commodities e sócio da Raad International Trading

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