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Fachin reduz fiança de assessor dos Vieira Lima e dá 48 horas para pagamento

Job Ribeiro Brandão era assessor parlamentar de Lúcio, deputado federal (PMDB-BA), e teve impressões digitais encontradas no bunker onde foram descobertos R$ 51 milhões supostamente ligados aos Vieira Lima

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Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Atualização:

Edson Fachin. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão desta terça-feira, 30, reduziu de 100 para 50 salários mínimos (R$ 46.850,00) o valor da fiança que havia fixado para Job Ribeiro Brandão, investigado junto com os irmãos Geddel Vieira Lima e Lúcio Vieira Lima.

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Brandão era assessor parlamentar de Lúcio, deputado federal (PMDB-BA), e teve impressões digitais encontradas no bunker onde foram descobertos R$ 51 milhões supostamente ligados aos Vieira Lima. Ele alegou não ter dinheiro para arcar com os 100 salários mínimos de fiança, e a Procuradoria-Geral da República concordou.

Se não pagar em 48 horas após ser notificado, Brandão poderá perder o benefício da prisão domiciliar. Outro investigado que foi intimado por Fachin a pagar em 48 horas a fiança estabelecida é Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ex-diretor-geral da Defesa Civil de Salvador -- no caso dele, como a fiança de 100 salários mínimos não foi questionada, este é o valor que ele tem de depositar.

Job Ribeiro Brandão e Gustavo Ferraz estão em prisão domiciliar por decisão do próprio Fachin, que também determinou o afastamento da função de Brandão na Câmara e a utilização de tornozeleira eletrônica e havia fixado inicialmente fiança de 100 salários mínimos para ambos.

Assessor de políticos da família Viera Lima desde a década de 1990, Job Ribeiro Brandão havia pedido que a fiança baixasse de 100 salários mínimos para 10. Consta nos autos que o salário líquido do investigado é de R$ 14.334,28 - cerca de 15 salários mínimos.

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Na operação da Polícia Federal autorizada por Fachin que fez buscas no gabinete de Lúcio Vieira Lima na Câmara, agentes vasculharam três endereços na capital baiana relacionados a Job Ribeiro Brandão e ao deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA).

Na mesma decisão em que determinou a prisão domiciliar de Job Ribeiro Brandão e Gustavo Ferraz, em 17 de outubro, Fachin ordenou também a prisão preventiva de Geddel Vieira Lima.

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