Teo Cury, Amanda Pupo, Julia Lindner, Rafael Moraes Moura e Breno Pires
04 de abril de 2018 | 14h52
Ao rechaçar habeas corpus preventivo movido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Luiz Edson Fachin citou compromissos que o Brasil assumiu com a Corte Interamericana de Direitos Humanos após acusações que o País sofreu em razão da demora de julgamentos de violações graves aos Direitos Humanos.
“A deficiencia da proteção penal a vítimas de violações graves a direitos humanos foi decisiva também na acusação que o Brasil sofreu perante a comissão Interamiericana de Direitos Humanos no caso que ficou conhecido como o caso dos meninos emasculados no maranhão”, citou.
O caso envolveu os homicídios de Eduardo Rocha da Silva, 10 anos, e Raimundo Nonato da Conceição Filho, 11, ocorridos em junho de 1997, no município de Paço do Lumiar, no interior do Maranhão. Após o caso, que teve investigações lentas, segundo Fachin, o Brasil ‘firmou acordo reconhecendo a ineficiência e assumindo uma serie de compromissos’.
“Digo isso para rechaçar a pecha de que essa Suprema Corte teria sucumbido aos anseios de uma criticável sociedade punitivista comprimindo os direitos humanos num ambiente de histeria, como se alegou.”
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