Rayssa Motta e Fausto Macedo
03 de julho de 2020 | 21h43
Sede da Petros, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução / Google
A Justiça Federal de Brasília tornou réus o empresário Luiz Roberto Ortiz Nascimento, da construtora Camargo Corrêa, e sete ex-gestores da Petros no âmbito da Operação Greenfield. Eles são acusados pela força-tarefa por fraudes no fundo de pensão da Petrobrás entre os anos de 2010 e 2011.
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A decisão é do juiz Vallisney de Souza Oliveira, 10ª Vara Federal de Brasília, que, além da Greenfield, também é responsável por ações das Operações Lava Jato e Zelotes. Na última quarta, 1º, o magistrado deu seguimento às denúncias por gestão fraudulenta e desvio de valores em proveito alheio. Agora, as defesas têm dez dias para apresentar seus contrapontos, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas.
O grupo foi denunciado pelo Ministério Público Federal, que sustenta que Nascimento pagou propina aos ex-gestores da Petros para que o fundo adquirisse ações da Itaú S.A. de propriedade da Camargo Corrêa. O esquema teria começando, segundo a Procuradoria, porque a construtora ‘pretendia levantar recursos rapidamente e com o maior lucro possível’, burlando o trâmite das vendas em mercado aberto. Os investigadores estimam que o enriquecimento indevido obtido pela construtura através do esquema chegue a R$ 422 milhões.
As investigações tiveram como base as delações premiadas do empresário Joesley Bastista, o grupo J&F, do ex-ministro Antônio Palocci e de Guilherme Gushiken, filho do também ex-ministro Luiz Gushiken.
Abaixo a lista completa dos réus:
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