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EXCLUSIVO: Deputado filho de José Dirceu recebeu R$ 500 mil, afirmam delatores da Odebrecht

VEJA O INQUÉRITO contra Zéca Dirceu (PT/PR), que foi citado em delação de ex-presidente da Odebrecht Ambiental por ter recebido pagamentos do 'setor de propinas' nas campanhas de 2010 e 2014, dentro da conta 'Guerrilheiro', que era do ex-ministro petista

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Por Breno Pires , de Brasília e e Ricardo Brandt
Atualização:

Deputado Zeca Dirceu (PT-SC) Foto: Beto Oliveira/Estadão

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou abertura de inquérito para investigar o recebimento de R$ 500 mil pelo deputado federal Zéca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu - preso desde agosto de 2015, pela Operação Lava Jato, em Curitiba.

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O parlamentar foi acusado na delação de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, de ser beneficiado no esquema que era mantido pelo pai com a Odebrecht. O ex-ministro está registrado nas planilhas de propina do grupo como "Guerrilheiro".

"Narra-se, ainda, que nos anos de 2010 e 2014, foram efetuados, a pedido de José Dirceu, repasses a pretexto de auxílio à campanha eleitoral do Deputado Federal Zeca Dirceu, no valor de R$ 250 mil cada, por meio do Setor de Operações Estruturadas", registro o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, ao permitir a abertura do inquérito 4445.

"Segundo o Ministério Público, o colaborador afirma que esteve com José Dirceu, após este não ser mais Ministro de Estado, por várias ocasiões, quando discutiram eventuais negócios privados que o ex-ministro pudesse intermediar. Nesses encontros, também foram tratadas contribuições pata as campanhas municipais dos anos de 2008 e 2012 e para o legislativo estadual e federal no ano de 2010, as quais seguiam a indicação de José Dirceu."

O delator da Odebrecht relatou para a Procuradoria Geral da República (PGR), que investiga Zéca Dirceu, que "pagamentos em espécie foram identificados com o codinome 'Guerrilheiro' nas planilhas do sistema 'Drousys', no valor aproximado de R$ 350 mil". "Esclarecendo que os repasses eram feitos diretamente aos beneficiários, e não a José Dirceu."

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