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Ex-diretor da Petrobrás cita propina de R$ 400 mil para Vaccarezza

Delator afirma que soube de repasse para ex-líder do governo na Câmara durante reunião com lobista no Rio

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Por Redação
Atualização:

Por Mateus Coutinho e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba

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O ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou em sua delação premiada no ano passado que o ex-deputado e ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), teria recebido propina de R$ 400 mil por um contrato de importação de asfalto da Petrobrás com a empresa Sargent Marine.

Costa disse que foi informado da propina ao político em uma reunião, "no ano de 2009 ou 2010", na residência do lobista Jorge Luz, que lhe apresentou a Sargent Marine, no Rio de Janeiro. O ex-diretor, na época à frente da diretoria de Abastecimento, afirmou que foi o responsável por convidar a empresa que firmou o contrato com a estatal petrolífera sem licitação.

Cândido Vaccarezza. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Vaccarezza nega com veemência ter recebido valores ilícitos e assinala que "nunca apresentou empresa para Paulo Roberto Costa".

Paulo Roberto Costa admitiu ter recebido US$ 192,8 mil em propina na Suíça pelo contrato, em uma conta da offshore OST, cujo diretor é seu cunhado Humberto Mesquita. A mulher, duas filhas e os dois genros do ex-diretor também são réus na Lava Jato acusados de participar do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro articulado por ele, além de prejudicar as investigações da Lava Jato.

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Atualmente, Costa cumpre prisão domiciliar em um condomínio de luxo no Rio de Janeiro.

COM A PALAVRA, CÂNDIDO VACCAREZZA.

Cândido Vaccarezza condenou as acusações de Costa na delação."Esta informação me inocenta, é um disse que me disse, nunca pedi nada ao Paulo Roberto Costa e ele nunca me deu nada. Nunca apresentei empresa ao Paulo Roberto Costa, e se o Jorge luz disse que haveria propina tem que cobrar do Jorge Luz e não de mim", afirmou o ex-parlamentar.

Jorge Luz não foi encontrado para comentar o caso.

VEJA O TRECHO DA DELAÇÃO QUE CITA VACCAREZZA:

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 Foto: Estadão
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