Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt
23 de agosto de 2017 | 11h14
Cândido Vaccarezza. Foto: Geraldo Bubniak/AGB
A Operação Abate II, 45.ª etapa da Lava Jato, fez buscas nesta quarta-feira, 23, na casa de Ana Claudia de Paula Albuquerque, ex-assessora do ex-deputado Cândido Vaccarezza. A suspeita é que ela tenha recebido propina em espécie em nome do ex-líder dos Governos Lula e Dilma.
O telefone de Ana Claudia de Paula Albuquerque foi localizado no celular usado pelo operador do PMDB Bruno Gonçalvez Luz. O sigilo telemático da ex-assessora de Vaccarezza foi quebrado.
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Segundo Relatório de Análise de Polícia Judiciária 108/2017, Ana Cláudia era ‘demandada’ por Cândido Vaccarezza ‘para os mais variados assuntos’.
Ao autorizar as buscas, Moro afirmou que dentre as mensagens, ‘algumas têm caráter suspeito, como solicitações de empresários para interferências em seu favor pelo então deputado federal’.
“Uma delas dirigida por um empresário ao então deputado por intermédio de Ana Cláudia de Paula Albuquerque, tem o seguinte teor: ‘Estou iniciando um negócio que por certo vai interessar o patrão, e vejo espaço para você nele também. Abrangerá trabalho jurídico, ligado ao mercado financeiro. Trata-se de um projeto visando 2014, e vejo no chefe o potencial ideal para isso e tuto a ver com os planos macro dele’.”, relatou o juiz.
A Abate II cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador (BA), Brasília (DF) e Cotia (SP).
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