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Eugênia

Procuradora regional da República Eugênia Augusta Gonzaga, que presidiu a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos de 2014 até agosto passado, receberá nesta quinta, 12, o 4.º Prêmio de Direito à Memória e à Verdade 'Alceri Maria Gomes da Silva, promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo

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Por Pepita Ortega
Atualização:

 Foto: Reprodução / TVMPF

A procuradora regional da República Eugênia Augusta Gonzaga, que presidiu a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos de 2014 até agosto de 2019, receberá nesta quinta, 12, o 4.º Prêmio de Direito à Memória e à Verdade 'Alceri Maria Gomes da Silva', promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo.

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A entrega da premiação será às 19 horas na Sala de Exposições da Praça das Artes, na Avenida São João, 281, durante o 7.º Festival de Direitos Humanos, promovido pelo município.

Eugênia presidiu a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos de 2014 até agosto de 2019, quando foi exonerada após ter se manifestado publicamente em defesa da família e da memória do desaparecido político Fernando Santa Cruz, em razão do ataque do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

O 'Alceri Maria Gomes da Silva' homenageia pessoas físicas e jurídicas que atuam na preservação da memória e na busca da verdade, em relação às violações aos direitos humanos cometidas durante o período da ditadura militar.

As indicações foram feitas até o dia 8 de novembro pela sociedade civil em geral, por meio de um formulário eletrônico disponibilizado pela Prefeitura.

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Eugênia Gonzaga é procuradora do Ministério Público Federal desde 1997.

Segundo informou a Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria Regional da República da 3.ª Região, ela teve como principais áreas de atuação a tutela coletiva de direitos fundamentais, com ênfase na promoção de direitos das pessoas com deficiência, e nas questões relativas à violação de direitos humanos durante o regime de exceção (1964/1985).

O Prêmio

Instituído em 2016 após deliberação da Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo, o prêmio homenageia uma pessoa que tenha se destacado na defesa do direito à memória e à verdade e faz também duas menções honrosas, a uma pessoa física e a uma instituição.

Esse ano, receberão as menções honrosas o ex-deputado federal Jean Whyllys e a Ponte Jornalismo, agência de comunicação focada em segurança pública e direitos humanos. As escolhas são feitas por um júri independente, a partir de indicações feitas pela sociedade civil.

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O prêmio leva o nome de uma militante política nascida no ano de 1943 em Cachoeira do Sul e morta em 1970, na cidade de São Paulo, por aparelhos da repressão estatal. Seu corpo jamais foi encontrado. Ela se engajou no movimento operário em sua cidade natal. Mudou-se para São Paulo em 1969 e teve atuação na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) durante a ditadura.

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