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EUA: suspensão dos voos da Europa é medida necessária contra o coronavírus

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Por Vinicius Bicalho
Atualização:
Vinicius Bicalho. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O presidente Donald Trump suspendeu todas as viagens da Europa para os Estados Unidos com a intenção de conter o avanço do novo coronavírus no país. A medida - que passou a valer oficialmente em 13 de março de 2020 e deve se estender pelos próximos 30 dias - inicialmente não incluía voos do Reino Unido, que foi posteriormente alterado. A decisão não se aplica para os cidadãos americanos e residentes permanentes legais que estão fora do continente ou precisam viajar. As informações são do próprio Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês).

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Moro em Orlando, uma das cidades mais visitadas do mundo, e é muito triste o que vejo por aqui. Parques fechados, escolas sem aulas, shoppings e restaurantes vazios, eventos cancelados e estabelecimentos operando em horários reduzidos. Desde a explosão da pandemia, houve também uma corrida inicial por itens como álcool em gel, máscaras, água e papel higiênico, mercadorias que apesar de estarem mais escassas são reabastecidas com rapidez, como sempre acontece quando temos "furacões". Não existe sensação de pânico.

A meu ver, a população está confiante que a decisão de Trump irá reduzir significativamente a ameaça de surto para os americanos. Aqui existe a maior malha aeroviária do mundo e o país precisa adotar medidas rígidas para que a contaminação do coronavírus não seja ainda maior. Para se ter uma ideia, temos mais de 7 mil pessoas diagnosticadas com a covid-19 e 100 mortes até o momento. Os números são atualizados constantemente e não param de crescer.

Estou sem planejamento para os próximos três meses. Minhas idas ao Brasil, a trabalho e a lazer, foram suspendidas temporariamente. Estou literalmente vivendo dia após dia, observando os desdobramentos da pandemia e as decisões das autoridades. A Bicalho tinha uma agenda a cumprir em São Paulo, Belo Horizonte e evento em Las Vegas, mas tudo foi tirado do radar. Se me cabe dar um conselho, o período pede "pé no freio" e paciência.

Devemos seguir as orientações que estão sendo anunciadas, ter muito cuidado e aprender as lições da crise. A China já começou a dar os primeiros sinais de controle da epidemia e isso naturalmente vai acontecer nos países que, porventura, conseguirem administrar esse momento de estresse. Desejo sorte para todos nós!

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*Vinicius Bicalho é mestre em direito no Brasil e EUA e especializado em Negócios Internacionais, atuando há 18 anos como sócio na Bicalho Consultoria Legal

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