Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Estudante que teve dedo do meio amputado no muro da escola deve ser indenizado em Joinville

Aluno se pendurou em mureta e caiu, enroscando anel na cerca e machucando um dedo da mão esquerda que teve que ser mutilado

PUBLICIDADE

Por Heloísa Scognamiglio
Atualização:

 Foto: Pixabay

A administração do município de Joinville terá que indenizar um aluno de escola municipal que teve que amputar o dedo após cair durante brincadeira em mureta da instituição de ensino. O município terá que pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 15 mil por dano estético.

O caso

PUBLICIDADE

Em 2011, o aluno estava na escola quando se pendurou em uma armação de aço que sustentava uma cerca de proteção e caiu. Ele usava um anel, que engatou na cerca, o que ocasionou o ferimento no dedo médio da mão esquerda.

A lesão foi grave: além de uma ambulância, o helicóptero Águia, da Polícia Militar, também foi acionado.

O estudante ficou quatro dias internado. O dedo teve que ser amputado porque seu sistema neurovascular estava comprometido.

Publicidade

Defesa

O município se defendeu com a alegação de que o aluno não poderia estar usando o anel na escola. Segundo o colégio, ele teria sido alertado sobre a proibição. Na sentença, consta que não foi solicitado ao estudante que retirasse o anel em nenhum momento.

Decisão

O juiz Roberto Lepper, titular da 2.ª Vara da Fazenda Pública da comarca de Joinville, considerou que 'é dever do Poder Público zelar pela preservação da integridade física de seus tutelados'.

O magistrado afirmou que, se o dano ocorre por omissão do Estado, 'aplica-se a Teoria da Responsabilidade Subjetiva, ou seja, o órgão público tinha a obrigação de impedir o dano e não o fez'.

Publicidade

Lepper também registrou o fato de que a perda de um dedo é uma sequela permanente e que o aluno é canhoto.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE JOINVILLE

Por meio de sua Secretaria de Comunicação, a Prefeitura de Joinville afirmou que 'não vai se pronunciar'.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.