A Receita Federal vai atuar com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal nas investigações dos crimes de corrupção do governo de Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro. Segundo a auditora fiscal Denise Esteve Fernandez, cerca de R$ 450 milhões deixaram de ser pagos em tributos por conta do esquema de propina durante o governo Cobral.
Ela participou nesta manhã de coletiva de imprensa para tratar da prisão do ex-governador na sede da Polícia Federal no Rio.
Denise destacou que a Receita Federal vai cruzar dados contábeis para averiguar se serviços declarados pela equipe de Cabral e empreiteiras foram realmente prestados ou se, na verdade, foram utilizados no esquema de lavagem de dinheiro.
Ela enfatizou que a participação de auditores da Receita na operação é fundamental para combater a sonegação. E explicou que, em esquemas de corrupção, é comum contratos serem "contabilizados como custo operacional e deixarem de pagar impostos".