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Esquema de evasão de divisas movimentou R$ 13 milhões em Santa Catarina, diz PF

Operação Conexão Miami cumpre 11 mandados judiciais contra suposto grupo que se utilizava de contratos de câmbio fraudulentos para enviar dinheiro ao exterior; dois dos doleiros envolvidos já foram denunciados em outra investigação, deflagrada em 2015

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Por Fausto Macedo , Luiz Vassallo e Julia Affonso
Atualização:

 Foto: Reprodução/Sindicato dos Delegados da Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 9, a Operação Conexão Miami, contra um esquema que teria movimentado R$ 13 milhões de forma fraudulenta somente para os Estados Unidos. Os integrantes são acusados de fraudar contratos de câmbio para a prática de evasão de divisas.

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Segundo a PF, o 'grupo criminoso' foi estabelecido entre empresários do ramo da construção civil de Santa Catarina, três empresários estrangeiros (dois americanos e um alemão) e dois corretores de imóveis, além de dois doleiros, já denunciados na Operação Ex-Câmbio, deflagrada em 22 de setembro de 2015.

A Conexão Miami cumpre 11 mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e dois de prisão temporária nas cidades de Balneário Camboriu (SC) e Itajaí (SC). A Polícia Federal afirma ainda ter estabelecido cooperação jurídica internacional para realizar o interrogatório de três empresários estrangeiros, com envio de cartas rogatórias para os EUA e a Alemanha.

De acordo com a Polícia Federal, durante as investigações, foi identificada 'operação de câmbio fraudulenta' realizada por 'empresa fantasma' para pagar uma empresa americana de empreendimentos de luxo. As investigações revelaram que uma construtora de Balneário Camboriú (SC) era 'a real pagadora da remessa, que deveria ser destinada a uma empresa alemã, detentora de marca de automóveis de alto valor'.

"No entanto, para evitar custos mais altos, os investigados teriam decidido pagar, mediante contrato fraudado de câmbio, à licenciadora da marca nos EUA para que essa então pagasse à empresa alemã", segundo a PF.

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A Polícia Federal acusa os estrangeiros envolvidos de serem 'representantes da marca internacional de veículos' e esclarece que eles serão indiciados, via cooperação internacional.

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