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Espelho, espelho meu...

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Por Marco França
Atualização:
Marco França. FOTO: ARQUIVO PESSOAL Foto: Estadão

Em um mundo cada vez mais colaborativo, é interessante perceber a inundação na mídia de estórias de empreendedores com visões e caminhos geniais como se um(a) único(a) responsável pudesse girar a "máquina" como uma força onipresente. Nada mais impreciso.

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A força dos negócios e seu sucesso combina sempre muita sorte, tomada de risco, visão do empreendedor e pluralidade do seu time. Aquela pluralidade que conta: perfis distintos, capacidades e atributos complementares e predominância do melhor insight, independentemente do nível hierárquico.

A cultura de gestão, baseada em medições claras da evolução do negócio e da meritocracia deve predominar frente a temas subjetivos de melhoria e percepção de valor. Desta forma, as ideias seguidas por boas ou más execuções é que determinarão o sucesso do negócio.

Um ponto comum percebido nas histórias de sucesso mais recentes é a ausência de dogma na abordagem do crescimento. Cada vez mais nota-se esta abordagem por tentativa e erro de forma plural e dual, objetivando o menor risco para o investimento para crescimento e da alocação de capital humano. Mais importante do mirar no acerto, é corrigir rápido o erro e poupar tempo. Os fundos de private equity estão dando preferência a este tipo de cultura em suas empresas investidas.

Bancos e gestoras de recursos, por seu turno, já estão inquirindo as empresas na hora de emprestar dinheiro para entender melhor suas avenidas de crescimento e qualidade do time de gestão de forma mais intensa. Foi-se o tempo de somente entender o balanço e puxar os recebíveis para rodar as operações. Aliás, as gestoras de recurso, que ocuparão cada vez mais o espaço dos bancos clássicos nos empréstimos ao middle market, possuem abordagem de avaliação semelhantes aos fundos de private equity. Resta aos empresários prepararem-se com melhor governança e gestão para falar de maneira mais sofisticada com os atores que desejam participar do seu risco e sucesso de crescimento. O dinheiro chegou para apostar no risco da economia real, mas será caprichoso nas suas escolhas.

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*Marco França é engenheiro pela PUC, tem MBA em Finanças (COPPEAD) e é sócio da Auddas

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