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ESG e a curva de aprendizado dentro e fora das organizações

Por Diogo Dias e Rafaella Dortas
Atualização:
Diogo Dias e Rafaella Dortas. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é uma ótima oportunidade para refletir sobre a rápida importância que o tema de sustentabilidade tem ganhando no Brasil nos últimos anos e no mercado financeiro, que utiliza o termo ESG que nada mais é do que a sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança, como uma nova forma de tomada de decisão.

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Desde o ano passado, as mudanças sistêmicas no modo de agir, consumir e fazer negócios, provocadas pela pandemia evidenciaram a necessidade do mundo corporativo em adotar imediatamente as práticas de ESG para criar um ecossistema de negócios cada vez mais sustentável.

O estudo ESG Tech Report, realizado pela empresa de inovação aberta Distrito com o apoio da consultoria KPMG, revela que o mercado de ativos ESG está estimado no valor superior a US$30 trilhões. Além disso, aponta para um montante global de US$ 53 trilhões de investimentos até 2025. Ou seja, quando olhamos para o ambiente de negócios do Brasil é nítido o "mar de oportunidades" para as marcas e seus novos produtos.

No Brasil, o Report mostra que os fundos de ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020, sendo que mais da metade dos fundos haviam sido criados nos últimos 12 meses, evidenciando a corrida por parte das organizações em se adaptar às novas necessidades impostas pelo mundo do desenvolvimento sustentável e ESG. O Brasil ainda está muito atrás dos países mais desenvolvidos, mas tem grande potencial de entrar na agenda global de investimentos de ESG e, para isso, as companhias precisam estar alinhadas a essa visão.

Diante desse cenário, as empresas podem fazer dois movimentos: o primeiro é se "antecipar", entendendo e preparando a sua operação para essas mudanças nos negócios, por meio de levantamento das necessidades mais importantes para clientes, funcionários, fornecedores e demais stakeholders, além de investimentos em tecnologia e inovação. O segundo é "influenciar", agir de forma estratégica e liderar o segmento para aumentar as chances de sucesso do negócio.

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Essas iniciativas tornam a marca especialmente atrativa, mas é necessário investir em mais ações para participar ativamente dessa agenda, apostando em conteúdos com o intuito de educar clientes e parceiros, por meio de vídeos, textos, lives e relatórios que expliquem as práticas e os índices de ESG. Tudo isso reforça a mensagem de que a organização está comprometida e construindo um modelo de negócio sustentável, conectado com as demandas e tendências da sociedade, que está passando por um momento importante de mudanças nos valores e nas relações sociais.

Quando nos perguntam se o ESG é modismo e vai passar, é unânime a opinião de que esta é uma mudança geracional e não tem mais volta. Faz-se necessário que as companhias se adaptem às novas demandas dos consumidores e saibam lidar melhor com seus impactos na sociedade.

*Diogo Dias, diretor da área de Finanças Pessoais do BTG+, e Rafaella Dortas, diretora responsável por ESG no BTG Pactual

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