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Entramos na era da aprendizagem pelo TikTok?

Por Luiz Alexandre Castanha
Atualização:
Luiz Alexandre Castanha. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

No universo da educação não há dúvidas de que a pandemia acelerou a transformação digital. Foram três anos de avanço em apenas três meses! Inovação e disrupção são palavras de ordem e cada organização tem feito o máximo para se reinventar para ontem.

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Treinamento e desenvolvimento voltaram ao centro da discussão da área de Recursos Humanos. E os motivos são vários: seja pela ânsia de manter as operações a distância ou mesmo pela necessidade de aprendizagem de novos papéis dentro da atual realidade.

Um exemplo perfeito é o que acontece no setor varejista. Operadores de caixa e outros colaboradores de supermercados hoje precisam ser capazes de receber pedidos online e separá-los. Outras atividades incluem até entrar em contato com o cliente para negociar produtos substitutos ou mesmo aumentar a venda.

Imagine só capacitar esse 'batalhão' em cross selling, up selling e contorno de objeções de uma maneira inovadora e acelerada.

Nos ambientes corporativos observamos uma overdose de salas virtuais e treinamentos obrigatórios em formatos digitais saindo do forno em regime de urgência. E até os famosos treinamentos gravados, que chamamos 'de prateleira' (até então desacreditados nos últimos anos) cresceram em importância e têm seu lugar ao sol nesta crise.

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Nos aspectos pessoais vários fenômenos aconteceram. As plataformas massivas de aprendizagem, as MOOCs, apresentam um novo momento especial de crescimento.

Segundo dados do Classcentral, as principais plataformas tiveram um aumento expressivo do número de acessos e usuários.

A Edx e o Miriadax, por exemplo, registram um aumento de 52% do número de sessões apenas em fevereiro de 2020. Outra operação que cresceu de maneira assustadora foi o Coursera, que atingiu a incrível marca de 10 milhões de novas matrículas em 30 dias e um aumento de 644% em comparação com o ano anterior.

E, neste mundo pandêmico, até redes sociais trouxeram um olhar para aprendizagem.

A quantidade enorme de lives sobre os mais diversos assuntos no Instagram trouxeram, além de shows, também conteúdos informativo. Segundo a própria rede social houve um crescimento de 70% no número de transmissões apenas no mês de março. Já o aumento da audiência ficou em 50%.

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Outra plataforma com um gigantesco potencial para ser utilizado na educação é o Tik Tok. Aplicativo de vídeos de 15 segundos e nova febre entre os jovens de diversas partes do mundo, é atualmente, um dos aplicativos que mais cresce com mais de 1 bilhão de usuários e 800 milhões de usuários mensais ativos.

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Uma iniciativa dentro do aplicativo que apresentou a incrível marca de 2,9 bilhões de visualizações foi a hashtag #Education. Lá é possível encontrar todo o tipo de informação: desde como fugir de um tornado e resolver equações matemáticas até curiosidades sobre tubarões brancos em um incrível movimento P2P (pessoa a pessoa).

Embora possa ser uma surpresa, algumas escolas nos EUA já possuem clubes TikTok e professores o utilizam no envolvimento com os alunos. Uma das razões é que os estudantes já têm uma conta na plataforma, sendo possível aproveitar os recursos da tecnologia para envolvê-los no aprendizado criativo.

Um vídeo TikTok tem apenas 15 segundos e, portanto, por padrão, força o usuário a se concentrar em apenas uma idéia-chave. A plataforma parece que foi projetada para aprender e por que não utilizá-la também para fins corporativos?

É impossível ignorar os novos hábitos que estão tomando força com a pandemia. Que tal avaliar o Tik Tok no seu planejamento?

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*Luiz Alexandre Castanha é especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais

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