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Empresas humanas

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Por Marcio Grazino
Atualização:
Marcio Grazino. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Há bastante tempo, as empresas de vanguarda assumiram que têm responsabilidade social. Além de gerar lucros, entenderam que a iniciativa privada deve promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar da população, mesmo porque essa postura também beneficia os negócios. Já é ponto pacífico que o sucesso de uma empresa é proporcional à prosperidade da sociedade na qual está inserida.

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A crise que estamos enfrentando, no entanto, demonstra que o envolvimento tem que ser ainda mais profundo e as empresas devem estar dispostas a ações extraordinárias. Nesses casos, mais do que sociais, as empresas têm que ser humanas.

A humanidade oferece empatia às organizações, que nada mais é do que a capacidade de se colocar no lugar do outro, sobretudo das pessoas em dificuldade extrema. Nesse estado, empresários tomam decisões que sobrepõem o bem comum aos resultados empresariais por entenderem que o valor que precisa ser gerado naquele momento é outro e que a organização tem que estar do lado certo da história. Hoje, vivemos um momento como este.

Neste momento, todos os recursos devem ser direcionados para o combate à epidemia do novo coronavírus. Em primeiro lugar, é obrigação do gestor proteger a saúde da equipe e determinar uma rotina sem riscos. Da mesma maneira, garantir que o funcionamento da empresa não estimule a circulação do vírus.

Dentro da sua capacidade, contribuir no esforço coletivo. Bancos, por exemplo, anunciaram suspensão na cobrança de empréstimos, uma cervejaria vai produzir álcool em gel e os supermercados se comprometeram a vender o produto sem margem de lucro. Além de prestar uma colaboração relevante, essas empresas vão incluir em suas biografias que, naquele momento decisivo, estiveram do lado certo da história.

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As empresa têm, é claro, que gerar lucros. É para isso que elas funcionam. Mas elas existem, em primeiro lugar, para tornar o mundo melhor. Estão aqui para satisfazer desejos, atender necessidades e oferecer evolução em todos os aspectos da nossa rotina. E, antes de tudo isso, concorrer para o bem-estar de todos.

Coloque humanidade nos seus negócios e vai perceber que talvez seja isso que esteja faltando para a sua empresa.

 * Marcio Grazino, empresário do setor de embalagens

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