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Em operação contra três conselheiros de Contas do MS, Polícia Federal encontra R$ 1,6 milhão em dinheiro

Valores foram localizados em endereços vasculhados pela Polícia Federal em Campo Grande durante a Operação Mineração de Ouro; investigadores também apreenderam dólares, libras e euros

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Por Redação
Atualização:

A Polícia Federal apreendeu nesta terça, 8, mais de R$ 1,6 milhão - além de valores em moedas estrangeiras - durante a Operação Mineração de Ouro, ofensiva aberta para apurar indícios de participação de três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul em suposta organização criminosa voltada à prática de fraudes em licitações, superfaturamento de obras e desvio de recursos públicos. O dinheiro em espécie foi encontrado em dois endereços vasculhados pelos investigadores em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Ao todo a força-tarefa cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Sidrolândia (MS) e em Brasília (DF). Foto: Polícia Federal

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Ao todo a força-tarefa formada por servidores da Controladoria-Geral da União, policiais federais e funcionários da Receita cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Sidrolândia (MS) e em Brasília (DF). Em um primeiro endereço de Campo Grande a PF pegou R$ 889.660,00; U$ 7.272,00; £200,00 e EUR4.500,00. Já num segundo alvo na capital de Mato Grosso do Sul os investigadores encontraram R$ 729.600,00.

A ofensiva tem como base telefonemas interceptados no âmbito da Operação Lama Asfáltica. De acordo com a PF, o nome da operação, Mineração de Ouro, está relacionado a 'indícios de que a aquisição de direitos relacionados a mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro'.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, as investigações apontaram indícios de participação de membros do TCE-MS em um esquema ilícito de desvio de verbas públicas. Os investigadores apuram se foram proferidas decisões no âmbito da Corte de Contas para favorecer integrantes da organização criminosa.

"Já há evidências, também, da existência de um esquema de contratação de funcionários fantasmas no TCE-MS, para beneficiar pessoas ligadas aos Conselheiros investigados. Há suspeita de que o esquema tenha movimentado valores milionários entre 2015 e 2021", explicou ainda a PGR em nota.

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