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Em meio ao clima de tensão entre Poderes, Toffoli evita imprensa no Rio: 'Não sei de nada'

Presidente do Supremo Tribunal Federal participou, na manhã desta segunda, 6, do Congresso Internacional de Arbitragem Marítima, na Escola de Guerra Naval; no mesmo evento, ministro Luiz Fux, vice presidente da Corte, ressaltou no discurso a importância de se ter segurança jurídica, 'motor do nosso desenvolvimento econômico'

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Por Caio Sartori
Atualização:

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. Foto: Gabriela Biló / Estadão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, não quis falar, na manhã desta segunda-feira, 9, sobre as manifestações do próximo dia 15 e o clima de tensão entre o Executivo e os outros Poderes. "Não sei de nada", limitou-se a dizer na saída de um evento no Rio.

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No último sábado, em entrevista ao Estado, o ministro havia dito que disputas não podem estar acima do interesse nacional e que 'o importante é o Brasil estar pacificado e voltar a crescer'. Também afirmou que o papel do Judiciário é promover harmonia entre os Poderes.

Ele seguiu essa linha em seu discurso no evento desta manhã, no qual saiu em defesa do Judiciário e apresentou números que mostram o excesso de processos em curso no País.

Os atos do dia 15, convocados por movimentos bolsonaristas e endossados pelo presidente Jair Bolsonaro, têm o Legislativo e o Judiciário como alvos.

Toffoli participou do 21º Congresso Internacional de Arbitragem Marítima, na Escola de Guerra Naval, na zona sul do Rio. Também estiveram na abertura do evento o ministro do STF Luiz Fux, o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, e a ex-presidente do STF Ellen Gracie.

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Ao sair do local, o presidente do Supremo falou apenas sobre o evento com a TV oficial da Marinha, mas evitou a imprensa e questionamentos sobre assuntos do País.

Fux, por sua vez, ressaltou no discurso a importância de se ter segurança jurídica, 'motor do nosso desenvolvimento econômico'.

No último plantão do STF, o ministro produziu uma decisão monocrática, no âmbito do caso juiz de garantias, que derrubou outra monocrática - que havia sido dada por Toffoli. O episódio passou uma sensação de insegurança jurídica dentro da própria Corte.

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