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Educação financeira deverá ser o grande diferencial nas escolas do futuro

Por Gustavo Gazza Amaral
Atualização:
Gustavo Gazza Amaral. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Em um cenário onde dados recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, publicada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) demonstram que a cada 10 brasileiros, 7 encerraram o primeiro semestre de 2021 com dívidas. Com base nestes dados, podemos chegar a uma conclusão importante: a educação financeira é uma demanda urgente e necessária.

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Desenvolver conhecimento dos conceitos financeiros, aprimorar a relação com o dinheiro e definir novas possibilidades em curto, médio e longo prazo é só uma parte importante do processo. Educação financeira significa liberdade e independência. Trata-se de saber valorizar o próprio suor de todos os dias fazendo com que o dinheiro também trabalhe junto e, nesse contexto, é preciso ir além do guardar.

O dinheiro "trabalhado" tem se mostrado como o caminho mais consistente pra conquista dessa liberdade. Ressalto aqui a importância de investir e investir não é poupar. Por isso compreender se torna tão necessário.

Investir é encontrar possibilidades que façam sentido ao seu perfil, e fazer o dinheiro crescer mais que a inflação, por exemplo. É ter taxas e qualidade diferenciadas na gestão do recurso. Poupança é colocar o dinheiro sem gestão. Não existe gestão ativa nisto. Ao longo dos anos, nem mesmo o recurso corrigido pela inflação se tem e isso é muito pouco dado ao tempo para acumular a renda.

É nesse sentido que compreender a relação pode demonstrar um caminho efetivo de crescimento. Nesse passo, é preciso compreender fatores como os próprios objetivos, o momento de vida e a partir daí, personalizar a gestão financeira que pode ir desde um investimento conservador até algo com muito risco. Isso cria uma relação de disciplina e valorização com o próprio dinheiro. Ter uma estratégia que converse consigo é uma possibilidade de progredir de forma mais consciente.

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Todos nós investimos para um dia comprar algo, seja ele o que for. Importante é entender como está alocado suas reservas. Que parcela do seu recurso é de curto prazo para utilizar? Qual parcela será destinada para construção de patrimônio? Qual parcela é para a aposentadoria? Que alternativas tenho neste momento e quais recursos?

É isso que precisamos saber automaticamente. É isso que deveríamos saber desde a escola. É nisso que estamos todos recuperando o tempo perdido para aprender aos montes.  Emancipar a relação com o dinheiro é só por meio da educação e muitos têm se movimentado neste sentido, e desde muito cedo.

*Gustavo Gazza Amaral, sócio-fundador da Quattro Investimentos

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