Essas tendências começaram a ser introduzidas no mercado com a quarta revolução industrial, também conhecida como Indústria 4.0, a qual ampliou o emprego de inovações tecnológicas e forçou as organizações a se prepararem, buscando por novas soluções que demandam novas habilidades e qualificações da força de trabalho. Mas foi necessária uma pandemia para acelerar a mudança que o mercado já clamava.
Ficou claro que velhos modelos não formam os profissionais com o perfil adequado para as novas demandas e as escolas que até então focavam na educação tradicional ao redor do mundo precisaramcorrer atrás do prejuízo.
Nosso modelo tradicional de ensino foi fundado com as necessidades da Primeira Revolução Industrial. Isto é, as escolas deveriam entregar lotes de crianças educadas dentro de controles e padrões para serem profissionais repetidores, característica que atendia de forma adequada às necessidades da época. E mesmo com tantas mudanças e mais três revoluções posteriores, ainda observamos esse modelo sendo adotado nas instituições e aquelas que inovaram e buscaram por metodologias ativas e abordagens mais condizentes com a realidade são tomadas como cases para estudos, dadas as suas singularidades.
Além de novas metodologias, outro desafio enfrentado pelas instituições foi a virtualização do ensino de forma emergencial. Precisou-se, então, buscar meios para viabilizar o ensino remoto, capacitar professores para o mundo digital e moldar as estratégias para as realidades do alunos. Esse último foi e continua sendo o maior desafio para o cenário atual: entender a realidade de milhares de alunos e conseguir nivelar a abordagem de forma que todos possam se desenvolver de forma inclusiva.
Caímos, então, em um desafio que extrapola a competência das escolas: Como garantir uma educação inclusiva em tempos de pandemia quando estima-se que cerca de 2 milhões de brasileiros não têm acesso à energia elétrica?
*Andreza Silva, especialista em carreira e processos empresariais