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Eduardo Paes negociou propina com Odebrecht, diz ex-secretário

Alexandre Pinto, que comandou a Pasta municipal de Obras do Rio, depôs nesta quinta, 4, ao juiz Marcelo Bretas, no processo da Operação Mão à Obra

Por Fabio Grellet/RIO
Atualização:

Eduardo Paes ex-prefeito do Rio. Foto: Wilton Junior/Estadão

Ex-secretário municipal de Obras durante a gestão de Eduardo Paes na prefeitura do Rio (2009-2016), Alexandre Pinto acusou o ex-prefeito e candidato a governador pelo DEM de negociar propina com a construtora Odebrecht durante as obras de construção do BRT Transoeste, via expressa inaugurada em 2012 na zona oeste da capital fluminense.

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Alexandre fez a denúncia durante depoimento prestado na tarde desta quinta-feira, 4, ao juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, no âmbito da Operação Mãos à Obra, desdobramento da Lava Jato.

Segundo o ex-secretário, 'a propina foi negociada no gabinete do prefeito e definida em 1,75% do valor da obra, pela qual foram pagos R$ 600 milhões'. Isso corresponderia a R$ 10,5 milhões.

O ex-secretário afirmou ainda que o Tribunal de Contas do Município também recebeu propina para não fiscalizar adequadamente essa obra. A parte da Corte de contas era de 1% sobre o valor da obra, afirmou Alexandre Pinto.

Ele afirmou que propinas eram negociadas também em contratos de outras secretarias, além daquela que ele ocupava.

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O Ministério Público Federal informou que avalia a possibilidade de iniciar investigação sobre o ex-prefeito.

COM A PALAVRA, EDUARDO PAES

A reportagem procurou a assessoria de Eduardo Paes, que lidera as intenções de voto para o governo do Rio, mas até as 18h o candidato não havia se manifestado.

COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO

O TCM emitiu nota em que nega as acusações e afirma que 'recebe com indignação as acusações, não as reconhecendo nem as admitindo'.

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"O ex-secretário esteve por diversas vezes na sede do TCM, sendo sempre recebido para tratar de assuntos do interesse da cidade", enfatiza a nota.

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