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'É um crime em andamento', afirma Moro sobre ação de hackers que o desafiam

Ministro da Justiça diz na Comissão de Constituição e Justiça do Senado que não usa mais o aplicativo Telegram desde 2017, mas que invasores estão atacando celulares de 'procuradores, sabe-se quem mais quem, jornalistas, parlamentares'

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Por Pepita Ortega , Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Sérgio Moro. Foto: Pedro França/Agência Senado

O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) afirmou nesta quarta, 19, que a ação de hackers 'é um crime em andamento'. Em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Moro reafirmou a versão de que 'não há nada que denote qualquer quebra de imparcialidade ou de anormalidade' nas mensagens a ele atribuídas.

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"Despido o sensacionalismo não existe qualquer anormalidade. O que temos aqui é um crime em andamento", declarou o ministro. "Foram hackeados os celulares dos procuradores, sabe-se quem mais quem, jornalistas, parlamentares, aparentemente querendo obter mensagens. Na minha avaliação não acharam nada que comprometesse."

Moro disse que não usa mais o Telegram desde 2017. "Esse material (do seu celular) não existe mais em nenhum lugar. Tentaram invadir, recentemente, meu terminal."

O senador Eduardo Braga (MDB/AM) questionou sobre a divulgação do grampo que pegou o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma, em março de 2016. "Não foi um processo fácil, foram quatro anos de processos difíceis. Não raras vezes com obstrução de Justiça, tentativa de intimidação do juiz, de procuradores, policiais. Caminhamos com muita dificuldade."

Segundo Moro, o episódio a que Braga se referiu é diferente do caso atual em que, segundo ele, há um ataque de hackers.

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"Ali (no caso do grampo Lula/Dilma) havia uma interceptação autorizada judicialmente. Pode-se até discutir a decisão, legal e publicizada. Existia prova decorrente nos autos. Nada ali foi ocultado, nada ali foi liberado a conta gotas. Uma coisa completamente diferente. Aqui há um ataque de um grupo criminoso de hackers contra autoridades. O material está sendo disponibilizado de maneira opaca à sociedade."

Indagado sobre o operador Tacla Duran, Moro foi enfático. "Em relação a esse indivíduo, o tal do Tacla Duran, é uma história requentada, uma história de 2017, história estapafúrdia. Essa pessoa é um lavador profissional de dinheiro, foragido do País, saiu do País para escapar do processo basicamente. Isso não tem nada em relação a essa pessoa, salvo fantasia de um criminoso querendo atacar o juiz e os investigadores."

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