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É prisão perpétua, reage defesa de Dirceu

Criminalista Roberto Podval considera 'desproporcional' pena de 23 anos e 3 meses aplicada a ex-ministro da Casa Civil na Lava Jato

Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo , Julia Affonso , Mateus Coutinho e Ricardo Brandt
Atualização:

O ex-ministro José Dirceu durante interrogatório do juiz Sérgio Moro 

O advogado Roberto Podval disse nesta quarta-feira, 18, que 'é prisão perpétua' a pena imposta pelo juiz federal Sérgio Moro ao ex-ministro-chefe da Casa Civil (Governo Lula) José Dirceu de 23 anos e 3 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava Jato.

"Tem caráter de prisão perpétua", reagiu Podval.

Para o criminalista, a pena, a mais alta da Lava Jato, foi aplicada ao 'símbolo José Dirceu, ao que ele representa'.

Roberto Podval considerou 'desproporcional' a sanção decretada por Moro.

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"Ele (Dirceu) tem 70 anos de idade. Nós vamos tentar sensibilizar o Tribunal Regional Federal da 4 Região", disse Podval se referindo ao recurso que irá apresentar. "A condenacao foi ao símbolo do José Dirceu, ao que ele significa e não aos fatos a ele atribuídos."

A Justiça impôs ao irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva pena de oito anos e nove meses de reclusão por lavagem e pertinência à organização criminosa.

O empreiteiro Gerson Almada, da Engevix, foi condenado a quinze anos e seis meses de reclusão, por corrupção e lavagem de dinheiro.

O empresário Fernando Moura, ligado ao PT e um dos delatores da Lava Jato, foi condenado a 16 anos e 2 meses de prisão.

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto recebeu 9 anos de prisão por corrupção.

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O ex-diretor de Serviços da Petrobrás, Renato Duque, pegou, nesta ação 10 anos de reclusão por corrupção.

O corretor de imóveis Júlio César dos Santos recebeu 8 anos de prisão por lavagem e pertinência à organização criminosa.

Roberto 'Bob' Marques, ex-assessor de Dirceu foi condenado a três anos de reclusão. Esta pena foi substituída por duas restritivas de direito: prestação de serviço à comunidade e prestação pecuniária.

O lobista Milton Pascowitch, delator e pivô da prisão de José Dirceu, recebeu 20 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção, lavagem e pertinência à organização criminosa. Seu irmão, José Adolfo Pascowitch, foi condenado pelos mesmos crimes a 19 anos de prisão.

O ex-gerente executivo da Petrobrás Pedro Barusco, um dos delatores da Lava Jato, pegou 9 anos de prisão.

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Como fizeram acordo de colaboração premiada, Barusco e os irmãos Pascowitch cumprirão as penas acordadas com o Ministério Público Federal.

Foram absolvidos os empresários da Engevix, Cristiano Kok e José Antunes Sobrinho, o lobista Júlio Gerin de Almeida Camargo e o Olavo Hourneaux de Moura Filho, irmão de Fernando Moura, 'por falta de prova suficiente para condenação'.

As penas são pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema montado na Petrobrás, em que eram desviados de 1% a 5% dos valores de contratos, ,mediante acerto entre um cartel das maiores empreiteiras do País com políticos do PT, PMDB e PP.

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