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É preciso correr contra o tempo na digitalização dos pequenos e médios varejistas

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Por Mauro Bizatto
Atualização:
Mauro Bizatto. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

A pandemia foi catalisadora de inúmeras mudanças em todos os âmbitos da sociedade e, arrisco dizer, que o setor de bares e restaurantes foi um dos mais afetados durante esse tempo. Desde lockdowns, que impediram o funcionamento total dos estabelecimentos, até restrições de horário e lotação, milhões de pessoas do ramo sofreram riscos incalculáveis e precisaram se adaptar por sobrevivência.

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A digitalização foi fator-chave para isso, e se tornou, inclusive, um dos temas mais comentados ao longo do ano. Porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido. A inovação no Brasil já alcançou os grandes, alavancando uma série de transformações em partes significativas do setor. Agora, mais do que nunca, é preciso alcançar os pequenos e médios.

Pesquisa da AB InBev - multinacional belga dona da Ambev - revela que só no setor do varejo, por exemplo, 30% não possui conta em banco e outros 40% não têm cartão de crédito ou débito, um número significativamente alto, que é capaz de desacelerar tendências de otimização de tempo e custo e dificultar a aproximação de novos clientes no estabelecimento.

2021 começará com muitas incertezas relacionadas à pandemia e os desafios enfrentados pelo setor de bares e restaurantes para sobreviver em um mundo onde aproximação e contato físico se tornaram risco de saúde para a humanidade continuarão a fazer parte da rotina. Um levantamento realizado pela Associação Nacional dos Restaurantes aponta que cerca de 200 mil bares e restaurantes ainda temem fechar as portas. 85% dos entrevistados afirmaram não terem faturado nem metade em comparação a junho do ano passado e 69% suspenderam contratos ou reduziram jornada de trabalho e salário de seus funcionários.

Com números ameaçadores como esses, a digitalização, modernização e adaptação tecnológica dos estabelecimentos às novas exigências do mercado precisam ser uma das prioridades dos empreendedores, começando com contas digitais que facilitam e aproximam os pequenos e médios da inclusão financeira até a expansão de aceitação de meios de pagamentos eletrônicos através de maquininhas ou qualquer outra solução que entregue o mesmo objetivo.

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O setor de bares e restaurantes emprega mais de 6 milhões de pessoas e o mercado de alimentos e bebidas representa mais de 10% do PIB nacional. Com um cenário como esse, a adaptação ao digital se torna apenas uma questão de tempo: agora é preciso lutar contra ele.

*Mauro Bizatto atua como CEO da Donus, startup 100% digital da Ambev de serviços financeiros para bares e restaurantes. Especialista nas áreas de desenvolvimento de negócios com MBA focado em Varejo Comercial: Estratégia e Gerenciamento da FIA e com Certificado de Administração de Negócios do Ibmec

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