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Dr. Hélio, ex-prefeito de Campinas, fica inelegível até 2024

Vereadores mantiveram parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo à gestão de 2009 do pedetista

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Por Guilherme Mazieiro
Atualização:

O ex-prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos  

Por 26 votos a um a Câmara de Campinas suspendeu, na noite desta segunda-feira, 25, os direitos políticos do ex-prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Dr. Hélio, até 2024. Os parlamentares mantiveram o parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) às contas da gestão de 2009 do pedetista.

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Os principais pontos levantados pela Corte de Contas foram o aumento de déficit orçamentário e déficit de receita, bem como a realização de licitações sem editais e terceirização da saúde. A exemplo da sessão em que foi votado o parecer relativo às contas da gestão de 2006, o ex-prefeito não fez nesta segunda-feira, 25, sua defesa no Plenário da Casa.

Dr. Hélio é citado indiretamente na Operação Lava Jato como um dos possíveis favorecidos de um empréstimo de R$ 12 milhões que teria sido feito no Banco Schahin fraudulentamente pelo pecuarista amigo de Lula, José Carlos Bumlai. De acordo com as investigações, parte desse dinheiro teria sido repassado ao marqueteiro João Santana - preso pela força-tarefa desde 23 de fevereiro, na Operação Acarajé - que comandava a campanha à prefeitura do pedetista, em 2004.

Dr. Hélio ainda estava à frente da prefeitura no Caso Sanasa, um esquema de desvio de verbas, fraudes em licitações e corrupção na empresa de água e esgoto do município que culminou com sua cassação em 2011.

Ele voltou à política oficialmente em junho de 2015, quando reassumiu a presidência do diretório municipal do PDT. Em uma convenção da sigla, em novembro do ano passado, alguns partidários cogitaram lançar a pré-candidatura do médico ao cargo de prefeito de Campinas. Ele negou a intenção.

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O único parlamentar contra o parecer do Tribunal de Contas do Estado foi Cid Ferreira (SD). Não estavam presentes na sessão Aurélio Cláudio (PMB), Ângelo Barreto (PT), Carlão do PT, Pedro Tourinho (PT), Gustavo Petta (PC do B) e Thiago Ferrari (PTB). Todos os demais votaram a favor.

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