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Doleiro da Lava Jato diz na CPI que 'outro delator' vai esclarecer investigação sobre Palocci

Alberto Youssef afirmou a deputados, durante acareação com ex-diretor da Petrobrás, que episódio envolvendo repasse de R$ 2 milhões para campanha de Dilma, em 2010 será esclarecido 'em breve'

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Por Redação
Atualização:

Antônio Palocci. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Atualizada às 19h13

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Por Mateus Coutinho

Em acareação na CPI da Petrobrás nesta terça-feira, 25, o doleiro Alberto Youssef afirmou que um outro delator da Lava Jato vai esclarecer "em breve" o episódio envolvendo o suposto repasse de R$ 2 milhões da cota do PP no esquema ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (Governo Lula) para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010.

"Vou me reservar ao silêncio porque existe uma investigação nesse assunto do Palocci e logo vai ser revelado", respondeu o doleiro ao ser questionado pelo relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PR-RJ) sobre o episódio. O doleiro, contudo, negou ter conhecido Palocci e que o repasse de R$ 2 milhões foi destinado à campanha de Dilma. "Eu não conheço o Palocci, não conheço o assessor, nem o irmão e ninguém fez pedido a mim para que eu arrebanhasse recurso para a campanha da Dilma de 2010", afirmou o doleiro.

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Acareação entre Youssef e Costa. Foto: André Dusek/Estadão

Na acareação, o doleiro da Lava Jato afirmou. "Tem outro réu-colaborador que está falando. Eu não fiz esse repasse. Assim que essa colaboração for divulgada, vocês vão saber quem pediu e quem repassou os recursos."

Seu depoimento destoa da versão do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, que afirmou ter sido avisado por Youssef na época que o repasse de R$ 2 milhões da cota do PP no esquema da Petrobrás seria para a campanha de Dilma em 2010 a pedido de Antônio Pallocci.

Na acareação desta tarde durante a sessão da CPI na Petrobrás ambos mantiveram suas versões, dadas em depoimentos ao Ministério Público Federal no ano passado, mas o doleiro sinalizou que o caso será esclarecido em breve e que há um novo delator colaborando com as investigações sobre isso.

A investigação sobre Antonio Palocci está sendo realizada pela força-tarefa do Ministério Público Federal, com base no Paraná.

Pessoas próximas do ex-ministro avaliaram positivamente o relato do doleiro na CPI. Esses interlocutores de Palocci consideram que Youssef quis dizer que os fatos serão 'devidamente esclarecidos no sentido de que não houve o pedido (de R$ 2 milhões por parte do ex-ministro)'.

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Para os aliados de Palocci, o doleiro foi categórico ao dizer que 'não conhece Palocci, nunca lhe pediu nada, não conhece nenhum assessor do Palocci'.

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