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Dispensa de metalúrgica com deficiência em grupo de 500 empregados não foi discriminatória, diz TST

Ministros concluem que medida da empresa foi motivada 'pela retração no mercado de caminhões'

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Igor Estrela/TST

Os ministros da Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluíram da condenação imposta à Mercedes-Benz do Brasil Ltda. o valor de R$ 20 mil que deveria pagar a título de indenização por danos morais a uma metalúrgica com deficiência dispensada pela empresa em São Bernardo do Campo (SP). Conforme a Turma, não se trata de dispensa discriminatória, pois também foram dispensados mais 500 empregados.

A decisão foi unânime.

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As informações foram divulgadas no site do TST - Processo: RR-1002072-05.2015.5.02.0464

Reintegração

A nulidade da dispensa foi declarada pelo juízo de primeiro grau, que determinou a reintegração com base no artigo 93, parágrafo 1.º, da Lei 8.213/91 e condenou a empresa a pagar a reparação por danos morais por entender que a dispensa havia sido discriminatória. A sentença foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região (SP).

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Exigência

Segundo o relator do recurso de revista da Mercedes, ministro Cláudio Brandão, o dispositivo da lei exige que a empresa mantenha o percentual mínimo de 2% a 5% de empregados com deficiência e representa uma garantia indireta de emprego, cabendo a reintegração no caso de descumprimento.

"Cabe ao empregador, ao rescindir imotivadamente o contrato de trabalho de empregado reabilitado, contratar outro que preencha tal exigência", assinalou.

Retração de mercado

Mas, ainda segundo o relator, o reconhecimento da nulidade da dispensa com fundamento no descumprimento da norma não autoriza presumir seu caráter discriminatório.

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Ele ressaltou que 'é incontroverso que a dispensa foi contemporânea à de outros 500 empregados em razão da retração do mercado de caminhões, o que indica não ter sido motivada pela deficiência'.

Na avaliação do ministro Brandão, 'não foi demonstrado, efetivamente, o caráter discriminatório, ônus que competia à empregada'.

A empresa não quis se manifestar.

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