PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Diretor da PF diz que não há inquérito contra Glenn Greenwald

Maurício Valeixo se manifestou na ação em que Rede pede ao Supremo que declare inconstitucional a abertura de investigações contra o jornalista do site The Intercept Brasil

Foto do author Amanda Pupo
Por Amanda Pupo (Broadcast) e BRASÍLIA
Atualização:

O jornalista Glenn Greenwald. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO  

O diretor-geral de Polícia Federal, Maurício Valeixo, afirmou nesta terça-feira, 23, ao Supremo Tribunal Federal que não há inquérito policial instaurado para apurar a conduta do jornalista Glenn Greenwald. A manifestação foi feita na ação em que a Rede pede que a Suprema Corte declare inconstitucional a abertura de investigações contra o profissional, que é fundador e editor do site The Intercept Brasil.

PUBLICIDADE

A Rede entrou com ação no STF em 10 de julho, após o vazamento de supostas mensagens entre o então juiz federal Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, e membros da Operação Lava Jato, publicadas pelo site. À Corte, a sigla afirmou que "possivelmente" teria havido um pedido, no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de quebra de sigilo de movimentações financeiras de Greenwald.

Recentemente, após um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), o Coaf alegou sigilo e não esclareceu se está realizando algum tipo de análise sobre movimentações do jornalista. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também enviou ao tribunal um ofício no qual se disse "intrigado" com o pedido do tribunal e disse que apenas o Coaf, por ser um órgão autônomo, poderia dar informações.

Os documentos foram enviados após o ministro do TCU Bruno Dantas, relator da representação feita pelo Ministério Público de Contas, solicitar esclarecimento sobre uma notícia publicada no site O Antagonista segundo a qual a PF pediu ao Coaf análise de movimentações financeiras do jornalista. Valeixo, por sua vez, afirmou ao STF que foram consultadas as áreas técnicas da PF, "restando evidenciado que não há inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar a conduta" do jornalista.