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'Direito de defesa e presunção de inocência saem fortalecidos', afirma Santa Cruz sobre decisão do STF

Presidente do Conselho Federal da OAB afirma que mudança de entendimento da Corte sobre prisão após condenação em segunda instância representa defesa da Constituição

Por Paulo Roberto Netto
Atualização:

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a prisão em segunda instância representam uma defesa da Constituição e que 'direito de defesa e presunção de inocência saem fortalecidos.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. Foto: Wilton Júnior / Estadão

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O novo entendimento da Corte segue o texto da Carta Magna, prevendo a prisão de condenados somente após análise de todos os recursos, o chamado trânsito em julgado.

"A decisão do STF reafirma que não pode haver justiça, não pode haver democracia, se forem relativizados ou desrespeitados os direitos fundamentais estabelecidos na Constituição", afirma Santa Cruz. "O direito de defesa e a presunção de inocência de cada cidadã e cidadão saem fortalecidos desse julgamento".

A OAB foi autora de uma das três ações declaratórias de constitucionalidade que questionavam a tese de que um condenado deveria cumprir pena após ser condenado em duas instâncias de Justiça. A jurisprudência vigorava no País desde 2016 e foi o que baseou o pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril do ano passado.

O petista cumpre pena de oito anos e dez meses em Curitiba pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Segundo Santa Cruz, ao propor à ação ao Supremo, a OAB 'cumpriu seu papel legal, de defender a Constituição, a ordem jurídica e o Estado democrático de direito'. Nosso sistema de Justiça hoje honrou as palavras de dr. Ulisses na promulgação da nossa Constituição: 'Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca'", finaliza Santa Cruz.

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