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Dicas para evitar os erros contábeis mais comuns nas empresas

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Por Lucas Ribeiro
Atualização:
Lucas Ribeiro. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Erros nos processos contábeis prejudicam o desempenho financeiro - e não é exagero dizer que podem levar empresas a fecharem as portas.

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Pesquisas no mercado apontam que pelo menos sete em cada dez empresas recebem, com frequência, notas fiscais com algum tipo de erro tributário. Mas, como ter uma gestão contábil e fiscal mais eficiente, que jogue a favor do crescimento do empreendimento?

Uma primeira providência é tratar a contabilidade como área estratégica para o desenvolvimento da empresa - e não apenas como um setor ou serviço encarregado de gerar guias de tributos. A contabilidade deve estar focada em subsidiar o gestor e o empresário na tomada de decisões sobre planejamento tributário, financeiro, societário, sucessório, precificação, entre outras frentes.

Além dessa mudança de cultura na forma como a contabilidade é encarada, enumero orientações mais pontuais, para se combater erros contábeis e fiscais:

Escolha do regime tributário. No Brasil, as empresas podem optar pelos regimes Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional; e há ainda o MEI (Microempreendedor Individual), e o Lucro Arbitrado (geralmente determinado pela autoridade fiscal). Regularmente, empresas de menor porte escolhem o Simples Nacional e o Lucro Presumido, menos complexos que o Lucro Real. Entretanto é preciso estudar as especificidades da empresa e a conjuntura. No regime Lucro Real, o tributo recolhido é aquele devido de maneira "precisa". Muitas vezes, em busca de uma simplificação de procedimentos, ao optar pelos outros regimes, a empresa acaba pagando mais tributos do que deveria. Isso significa aumento de custos e, portanto, perda de competitividade.

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Erros nas entregas de obrigações acessórias ao Fisco (declarações periódicas). Tanto erros de informação como, sobretudo, descumprimento de prazos, geram gastos desnecessários, e muitas vezes comprometedores.

Definição incorreta de código de serviço para uma atividade ou NCM para um produto. Este equívoco pode fazer com os tributos gerados sejam maiores ou menores do que o devido; a incorreção acarreta riscos e retrabalho.

Não observância de benefícios e incentivos fiscais. Deixar de analisar, em profundidade, as possibilidade de redução de carga tributária, ou até mesmo de recuperação de tributos pagos a maior, significa perda de lucratividade, de caixa e, principalmente, de competitividade.

Lançamentos contábeis errados ou incompletos. Comprometem a análise e tomada de decisão dos gestores e podem representar riscos fiscais, em razão do enquadramento inadequado.

Acrescento ainda a importância de se optar pelas soluções tecnológicas, para a execução operacional da contabilidade e do fiscal. Não se trata mais de uma tendência: já é uma realidade. Tanto para escritórios de contabilidade como em contabilidades internas, que passam a ganhar velocidade e qualificação extrema no uso da robotização e da inteligência artificial.

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Com a tecnologia, a contabilidade tem se tornado efetivamente estratégica, e não meramente operacional - indo ao encontro da mudança de cultura necessária. A robotização e a inteligência artificial evitam erros contábeis, fiscais e financeiros; combinam milhões de hipóteses tributárias, impossíveis para o ser humano, que passa a contar com o apoio tecnológico como subsídio para suas decisões de gestão.

*Lucas Ribeiro, advogado tributarista e CEO da ROIT Consultoria e Contabilidade

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