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Dia da Indústria: na contramão da economia, setor alimentício se destaca entre os demais

Por David Oliveira
Atualização:
David Oliveira. FOTO: DIVULGAÇÃO  

Comemorado em 25 de maio, o Dia da Indústria tem como objetivo homenagear um dos maiores pilares da economia brasileira. Além de gerar empregos, as indústrias nacionais representam, atualmente, 21,4% do PIB do país e 69,2% das exportações de bens e serviços, como apontam dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria. Mas com a pandemia da Covid-19 agravando a economia em 2020 - o que causou uma queda de 4,1% no PIB, de acordo com o IBGE - é interessante percebermos como o setor alimentício foi na contramão dos demais e se destacou, fechando o ano passado com um balanço positivo.

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Em 2020, o faturamento da indústria de alimentos teve um aumento de cerca de 13% em relação ao ano anterior. Quando consideramos também a exportação de produtos, que cresceram 11%, o setor angariou impressionantes R$ 790 bilhões. Entre outros fatores, este crescimento se deu principalmente com as mudanças no comportamento dos consumidores, agora mais preocupados com uma alimentação saudável e equilibrada. Um estudo realizado pela MindMiners - plataforma de pesquisa digital - aponta que, entre os entrevistados, 30% diminuiu o consumo de açúcares e doces, 25%, de carnes vermelhas, 36%, de refrigerantes e 35% de sucos artificiais. Em contrapartida, 57% deles aumentou a ingestão de verduras, legumes e frutas, e 48% de sucos naturais.

Reforçando esta tendência na pandemia, uma pesquisa do instituto Qualibest junto à consultoria Galunion mostrou que 75% dos entrevistados apresentou preferência a alimentos que, além de saborosos, auxiliam no fortalecimento da imunidade e na saúde em geral.

O mercado de alimentos, mas principalmente o de alimentos saudáveis, observou um boom de crescimento nos últimos anos, e tem potencial para crescer muito mais. Em 2021, inclusive, a estimativa é que a indústria alimentícia cresça, no mínimo 3%, segundo a Abras, a Associação Brasileira de Supermercados.

Para não ficar para trás, é necessário que as empresas invistam pesado em pesquisa e inovação, aumento e diversificação do portfólio, ampliação dos pontos de contato com o consumidor e estratégias de transformação digital que acompanhem as mudanças no comportamento do público - hoje, muito mais digital. Investimentos na operação, como crescimento das plantas industriais e equipamentos que garantem uma performance ainda maior na capacidade produtiva também se mostram cada vez mais necessários.

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Quem conseguir sobreviver aos solavancos econômicos causados pela pandemia deve ver suas linhas industriais decolarem nos próximos anos. Nunca houve uma busca maior do que a de agora por produtos mais saudáveis e sustentáveis. Esse mercado ainda vai crescer exponencialmente no Brasil e no mundo. O momento de se reinventar é agora.

*David Oliveira, diretor de Marketing da Superbom

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