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Dezoito líderes de facções voam para presídios de segurança máxima

Promotores de todo o Estado do Rio Grande do Sul alegam que presos continuaram praticando os crimes mesmo dentro das prisões; desde logo cedo, prisioneiros foram levados para a Base Aérea de Canoas e de lá partiram para seus novos destinos

Por Pedro Prata
Atualização:

Vinte instituições e órgãos do Rio Grande do Sul reuniram esforços na Operação Império da Lei nesta terça, 3, para transferir 18 presos de alta periculosidade para presídios federais de segurança máxima em outros estados. Ainda era madrugada quando os detentos foram levados de diferentes pontos do Estado para a Base Aérea de Canoas, de onde embarcaram para seus destinos. As transferências têm validade de 360 dias.

Presos foram levados de madrugada para a Base Aérea de Canoas. Foto: Rodrigo Ziebell/SSP

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A transferência dos líderes de facções resulta na baixa dos índices de criminalidade, diz Fabino Dallazen, procurador-geral de Justiça. "Os órgãos vinculados às Secretaria de Segurança Pública e de Serviços Penitenciários, o MPRS e o Poder Judiciário com apoio de várias outras instituições de âmbito estadual e federal trabalham para desidratar as facções que alimentavam o crime organizado no RS."

Os preparativos para a operação de transferência foram articulados entre Promotoria e Procuradoria-Geral de Justiça. Também houve reuniões com o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e com integrantes do Departamento Penitenciário Nacional.

 Foto: Rodrigo Ziebell/SSP

Promotores que atuam nos processos de execução penal de todos os transferidos assinaram o requerimento pela transferência. Eles afirmam que as lideranças continuam comandando as facções criminosas graças.

O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais Marcelo Dornelles compara a Operação Império da Lei com a semelhante Pulso Firme, realizada em 2017. "Foram movimentos planejados e articulados que já demonstraram resultado anteriormente no enfrentamento da criminalidade violenta."

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Marcelo Tubino e Luciano Vaccaro. Foto: Rodrigo Ziebell/SSP

Trabalho de articulação

Acompanharam a operação na madrugada desta terça o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Luciano Vaccaro, e o coordenador do Núcleo de Inteligência do MP, Marcelo Tubino.

Vaccaro destacou o empenho que durou um ano. "Este é o resultado de cerca de um ano de trabalho que movimentou, além do Centro de Apoio e do Núcleo de Inteligência do MP, todos os promotores que atuam nos processos de execução criminal de cada um dos transferidos, o que demonstra a articulação interna e externa da instituição em prol da segurança da sociedade gaúcha."

A transferência de presos para presídios de segurança máxima se mostrou exitosa em outros Estados e até países que combatem o crime organizado, reforçou Tubino. "O confinamento de líderes, com a interrupção de suas comunicações, sempre foi um dos pilares da estratégia de combate do crime organizado. E a união dos órgãos de controle e da persecução penal é caminho inarredável em busca da eficiência e afirmação da força do Estado."

 Foto: Rodrigo Ziebell/SSP

Também participam da Operação Brigada Militar (BM), Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias (IGP), Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e Poder Judiciário. A Secretaria da Saúde apoiou com acompanhamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Pela União, a partir de determinação do Ministério da Justiça e da Segurança Pública para apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), somaram-se esforços de Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Exército, Aeronáutica e Marinha do Brasil.

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