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Desigualdade social na pandemia

Por Rosalvi Monteagudo
Atualização:
FOTO: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Foto: Estadão

A desigualdade social é entre as pessoas, tomando como comparação o econômico, dentro de uma sociedade. A consequência da desigualdade social é: educação, trabalho informal, salários baixos, dificuldade de acesso aos serviços básico: saúde, transporte público e saneamento básico. Esta é uma questão não solvida que em grande parte diz respeito aos piores IDH's ( Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.

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A pandemia trouxe consequências desastrosas para a desigualdade social como demonstra vários indicadores sociais. Reduzir as desigualdades sociais que têm sido agravadas desde o ano passado como consequência da pandemia será uma grande incitação para luta no mundo. As taxas de crescimento afastam progressivamente o desempenho das economias emergentes, incluindo a brasileira. Além disto, a vacina avança de forma inconstante, o desemprego permanece fora de controle e a pobreza aumenta. A busca de um novo "auxílio emergencial" demonstra a desigualdade social. A pandemia demanda mais investimento na saúde e auxilio emergencial, num ambiente de grave crise fiscal.

"O mercado de trabalho formal demonstrado pelo Pnad, na média móvel trimestral dessazonalizada, de janeiro 2021, apurou a destruição de 139 mil vagas de acordo com o IBGE, a situação do emprego no Brasil impressiona negativamente, fato confirma a queda expressiva do consumidor". ( Estadão 05/04/21/ economia B2). Ao redor de 40% dos ocupados trabalham no mercado informal e a taxa do desemprego atingiu 14,7% até janeiro de 2021. As estatísticas tornam agressivos demais o desemprego criando um episódio contundente de grandes proporções, aumentando a desigualdade social.

Como consequência da má distribuição de renda a desigualdade social é afetada pelo seguinte: favelização; pobreza; miséria; desemprego; desnutrição; marginalização e violência. Enquanto os tipos de desigualdade social são:- desigualdade econômica; desigualdade regional; desigualdade social e desigualdade do gênero.

Com a pandemia, Covid 19, a desigualdade social e a pobreza têm soluções difíceis para a maioria dos países, no momento. A principal causa da desigualdade social é a pouca oportunidade de trabalho; além de concentração de renda e poder; má administração dos recursos públicos, falta de investimento cultural. O programa emergencial é responsável pela desigualdade no país, pois atualmente o valor é muito baixo e o problema do desemprego tem aumentando.

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Precisa-se resolver o problema de desemprego e da falta de aprovação de reformas, como a tributária e a administrativa. Outro grande problema é a falta de distribuição de renda e investimento na área social, como educação e saúde. Isto provoca a concentração de renda numa minoria que detém os recursos e a maioria dá origem à desigualdade social. As causas mais comuns são:- má distribuição de renda; má administração dos recursos; lógica de acumulação do mercado capitalista; falta de investimento nas áreas sociais, culturais, saúde e educação; falta de oportunidade de trabalho e corrupção. Sem condições de saúde e educação será impossível obter oportunidades de empregos.

Segundo relatório da ONU (2010) as principais causas da desigualdade social são: falta de acesso à educação de qualidade; política fiscal injusta; baixos salários; dificuldade de acesso aos serviços básicos: saúde, transporte público e saneamento básico.

No Brasil existem seis ações praticas para reduzir a desigualdade social:- Vacinação para todos igualitariamente; estar sempre muito bem informado; comprar do pequeno, das lojas de bairro; pressionar as políticas públicas; repensar o capitalismo; investir mais em negócios sociais. Diante disto, infelizmente os ricos ficaram mais ricos durante a pandemia do corona vírus. A maior vitima do covid 19 é o homem negro e pobre, o País ultrapassa a marca das 370 mil mortes, e a maioria tem cor e estão sem emprego, etc, segundo o SUS (sistema único de saúde)

A retomada do auxilio emergencial ocasiona a diminuição do problema da fome, apesar de insuficiente. Isto obriga-nos a aumentar a solidariedade, devido a essa onda que estamos vivendo ainda maior da covid.

A favelização é um dos grandes problemas da desigualdade social, são comunidades que têm uma vida precária e não dispõem de um mínimo de infraestrutura, além de não terem posse do terreno em que moram. Estas são resultados da desigualdade social e consequência de um grande número de pessoas que vivem de forma desumana criando a miséria e baixas condições de vida. Na pandemia as favelas têm tido escalada de contágio, diminuição de medidas restritivas, redução das oportunidades de trabalho e renda, inflação da cesta básica e um auxilio emergencial insuficiente. A desinformação é um dos fatores da grande desigualdade na saúde, também.

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A população já é acometida de quadro de desnutrição e agora com o covid 19 aumentou, além da fome que assola as favelas que vivem de doações, 82%; além do prolongamento da pandemia que passaram a depender das doações que infelizmente, atualmente caíram dramaticamente. É preciso, repensar essa desigualdade social que têm aumentado com a segunda onda, senão teremos muitos problemas. A organização socioeconômica é um meio de resolver, mudanças de políticas públicas de inclusão social, política econômica para população de baixa renda e solidariedade são ações a ser tomadas com urgência.

*Rosalvi Monteagudo é contista, pesquisadora, professora, bibliotecária, assistente agropecuária, funcionária pública aposentada e articulista na internet

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