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Desafios e oportunidades para o setor de energia solar fotovoltaica

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Por Leandro Martins
Atualização:
Leandro Martins. FOTO: DIVULGAÇÃO  

Quando 2020 começou, estávamos preparados para muitos desafios: aumento de demanda de produtos e serviços, crescimento no número de consumidores, profissionalização de prestadores de serviço, entre outros. O setor de energia solar fotovoltaica vem crescendo a passos largos ano sobre ano, um estímulo e tanto para todas as empresas se aperfeiçoarem. Mas a pandemia de Covid-19 fez o mundo todo mudar os planos.

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No Brasil, os meses de abril e maio registraram uma esperada redução nas vendas por causa das necessárias medidas de isolamento social. Mas aos poucos e também pelo fato de o setor de construção civil não ter parado em nenhum momento, o mercado começou a se recuperar. Em relação a 2019, há um crescimento bastante relevante tanto do mercado quanto para as empresas.

O mundo todo, porém, registrou um descompasso entre oferta e demanda, com impacto direto na cadeia de fornecimento e suprimentos. A demanda ficou desordenada em vários países. Ainda devemos sentir os efeitos desse descompasso até abril do ano que vem. Outro desafio que se impôs está relacionado à logística internacional, que ficou - e ainda está - desorganizada, com espaço escasso em navios e atrasos em viagens, com paradas não previstas nas rotas. Em muitos casos, cargas passaram a demorar 40 dias para chegar, em vez dos esperados 28.

Mesmo diante desses percalços, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nos primeiros 10 meses deste ano ultrapassamos a potência instalada de 1,745 gigawatts, o que representa um crescimento de 57% sobre o mesmo período de 2019. A geração distribuída de energia solar acaba de atingir a marca de 4 gigawatts de potência instalada, uma marca muito relevante para o mercado, alcançada quatro anos antes do previsto.

Com o setor em crescimento, também recebemos a boa notícia de que pela primeira vez o Brasil está na lista dos 10 países que mais geraram empregos no mundo dentro do mercado de energia solar fotovoltaica em 2019. Foram 43 mil novos empregos, de acordo com um relatório recente da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Isso nos deixa na oitava posição, à frente de países tradicionais como Alemanha e Reino Unido.

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Essa marca histórica reforça nossa preocupação com a necessária profissionalização do setor para crescermos ainda mais, de forma responsável. Por isso, é muito bem-vinda a certificação para Responsável de Empresa de Energia Solar Fotovoltaica. É, sem dúvida, um primeiro passo para tornar o mercado de energia solar fotovoltaica ainda mais robusto. Espero que em pouco tempo possamos vender produtos apenas para empresas certificadas. E em um futuro próximo, o consumidor que já se mostra mais preocupado com a sustentabilidade possa aproveitar ainda mais todo o potencial que as fontes de energia renováveis têm a oferecer.

*Leandro Martins é presidente, fundador e idealizador do modelo de negócio da Ecori Energia Solar

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