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Delegados da PF cobram mais investimentos à corporação

Temas foram discutidos em um congresso realizado em Florianópolis; presidente da entidade criticou divulgação da Operação Carne Fraca

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Por Alexandre Hisayasu
Atualização:

O presidente da ADPF, Carlos Sobral. Foto: Divulgação/ADPF

A Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou uma carta com o resultado do VII Congresso Nacional da categoria, ocorrido entre os dias 20 e 23, em Florianópolis, e contou com a participação de mais de 400 delegados, em que pede a adoção de medidas para fortalecer a instituição e investimentos em recursos humanos e materiais para condução das investigações, entre outras ações.

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Documento

A CARTA

O documento tem 11 itens, nos quais também se destacam o "repúdio à demora do governo em regulamentar a indenização de fronteira, causando evasão e desestímulo às unidades estratégicas para a proteção das fronteiras do país, sem que haja mudança dos critérios já definidos pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal; que, diante do movimento do Ministério Público Federal contra as competências constitucionais e legais da Polícia Federal e prerrogativas dos Delegados de Polícia, é necessário que a Direção-Geral da Polícia Federal promova atos visando à defesa da instituição e das prerrogativas de seus membros, de modo a evitar concentração exagerada de poderes por parte do Ministério Público Federal, o que pode gerar arbítrio, desequilíbrio institucional e grandes prejuízos à sociedade brasileira".

O evento ganhou destaque após as declarações do presidente da ADPF, delegado Carlos Eduardo Sobral, sobre a Operação Carne Fraca. Na avaliação dele, houve "falha de comunicação da PF" na divulgação dos resultados e do conteúdo das investigações.

"A operação foi necessária, havia corrupção, servidores públicos envolvidos e alguns frigoríficos. Havia crime e a investigação aconteceu. Ao final, a nota da PF diz que foi a maior operação da história. Por causa do quê? Você dizer que é a maior, envolve uma série de variáveis com importância, repercussão econômica, social", ressaltou Sobral.

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"Ao dizer que é a maior, dá uma dimensão muito grande, que talvez tenha gerado essa interpretação de que aqueles fatos eram um problema sistêmico, de todo o mercado produtivo brasileiro".

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