O senador Delcídio Amaral (afastado do PT-MS) entregou à Procuradoria-Geral da República gravação entre seu assessor Eduardo Marzagão e o ministro da Educação, Aloísio Mercadante (PT-SP). Os diálogos foram gravados nos dias 1, 9 e 28 de dezembro de 2015, quando Delcídio já estava preso por tentar barrar a Operação Lava Jato.
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A ÍNTEGRA DO DEPOIMENTO DO SENADOREm uma das conversas, Mercadante sugere a Marzagão que diga ao ex-líder do Governo no Senado para 'ter calma e avaliar muito bem a conduta a tomar, diante da complexidade do momento político'.
Duas conversas foram gravadas diretamente com o ministro. A terceira, com 'Cacá', assessora de Mercadante.
"Que Aloísio Mercadante também afirmou que, em pouco tempo, o problema do depoente seria esquecido e que tudo ficaria bem; que sabe dizer que, em dado momento, Eduardo Marzagão mencionou que o depoente e sua família estavam gastando dinheiro com advogados e, para tanto, colocando imóvel a venda; que, naquele momento, Aloísio Mercadante disse que a questão financeira e, especificamente, o pagamento de advogados, poderia ser solucionado, provavelmente por meio de empresa ligada ao PT; que o depoente assim conclui porque este e o modus operandi do PT", afirmou Delcídio.