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Delator cita pagamentos a ex-assessor da Casa Civil de Richa

Contador da concessionária Econorte Hugo Ono firmou acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato do Paraná

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Foto do author Fausto Macedo
Por Luiz Vassallo , Julia Affonso , Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Atualização:
 

O contador da Concessionária Econorte Hugo Ono, revelou em delação premiada, supostos pagamentos da empresa a Carlos Nasser, ex-assessor da Casa Civil do ex-governador Beto Richa (PSDB). Ele teve seu acordo homologado pela Justiça Federal do Paraná, no âmbito da Lava Jato.

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Documento

DEPOIMENTO

Ele prestou depoimentos em ação penal aberta contra 18 pessoas na Operação Integração, 48ª fase da Lava Jato, que apura desvios e fraudes em licitações no Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná. Os denunciados respondem por lavagem de dinheiro de R$ 91 milhões.

Por não citar investigados com foro privilegiado, Ono, que não é um dos denunciados, teve seu acordo homologado pelo juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara do Paraná. Ele se comprometeu ao pagamento de multa de R$ 50 mil, além da confissão de supostos crimes.

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Entre os denunciados, estão administradores e funcionários da concessionária de pedágios Econorte, que integra o grupo Triunfo, operadores financeiros envolvidos com a concessionária e servidores públicos.

Ele afirmou que o empresário Leonardo Guerra era entregou a ele 'valores em espécie para pagamento de propinas entre 2012 até 2015, usualmente no valor de R$20 mil mensais. Um dos destinatários, segundo o colaborador, era Carlos Nasser, ex-assessor da Casa Civil.

"tive um contato com ele telefônico, que na época me avisaram que ia me ligar. Eu atendi uma vez, e uma segunda vez, ele me cobrou atraso de pagamento. Ele cobrou só uma vez. Eu falei para o Leonardo. olha, ligou cobrando atrasado", afirmou.

Os pagamentos teriam ocorrido em meados de 2012, segundo o delator.

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Segundo a força-tarefa Lava Jato em Curitiba, os denunciados 'implantaram um esquema de contratações fraudulentas e desvios no âmbito da Econorte, com o objetivo de fraudar o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão com o Paraná, além de gerar dinheiro em espécie para pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos e também para enriquecimento dos próprios administradores e funcionários da concessionária'.

COM A PALAVRA, CARLOS NASSER

A reportagem não localizou a defesa. O espaço está aberto para manifestação.

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