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Defesa diz que coronel Lima também se entrega

Advogados de antigo aliado do ex-presidente Temer dizem que vão manter contato com Justiça Federal no Rio para orientação sobre procedimento; militar e emedebista são alvo de prisão por ordem do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no âmbito da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato sobre desvios em contratos de Angra 3

Por Matheus Lara e
Atualização:

 

Coronel Lima. Foto: Fábio Mota/Estadão

A defesa do velho aliado do ex-presidente Michel Temer, coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista de Lima Filho, o coronel Lima, disse à reportagem do Estadão nesta quinta, 9, que pretende apresentá-lo à Justiça, mas não o fez ainda porque alega não estar de posse do mandado de prisão.

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A defesa informou que vai fazer contato com a juíza Caroline Figueiredo, substituta da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, para pedir orientação sobre o local de apresentação do militar.

Policiais federais estão nas proximidades do prédio onde reside o coronel.

O mandado de prisão do amigo de Temer será expedido pela juíza Caroline. Ela é a responsável por determinar o prazo e o local onde os réus têm de se apresentar - além do coronel Lima, Temer também teve a prisão decretada.

A prisão do ex-presidente foi decretada pelo Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) na quarta-feira, dia 8. Por dois votos a um, os desembargadores da Primeira Turma Especializada da Corte acolheram recurso do Ministério Público Federal, derrubaram liminar dada em março e restabeleceram decreto de prisão preventiva de Temer, alvo maior da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato no Rio.

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O TRF-2 também mandou de volta para a cadeia da Lava Jato o coronel Lima.

Ambos haviam sido presos no dia 21 de março por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, que conduz a Operação Descontaminação, suposto esquema de propinas em contratos da Usina Angra 3. Quatro dias depois, o desembargador Ivan Athié soltou liminarmente Temer e o coronel Lima, além de outros investigados, como o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia).

Ao acolherem recurso da Procuradoria nesta quarta, 8, e negarem, no mérito, habeas corpus das defesas do ex-presidente e do coronel Lima, os desembargadores do TRF-2 entenderam que o retorno de ambos para a prisão deve servir de exemplo para a sociedade e para garantia da ordem pública.

A concessão de habeas corpus para Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Maria Rita Fratezi e Vanderlei Natale foi mantida por unanimidade.

No caso de Moreira Franco, a Turma decidiu confirmar o habeas por dois votos a um - o desembargador Paulo Espírito Santo, vencido, decidiu pela prisão.

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