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Defesa de Flávio pede a Aras para investigar servidores da Receita

Notícia-crime foi protocolada na Procuradoria-Geral da República na segunda, 26, e aguarda análise; advogados do filho do presidente alegam suposto acesso ilegal de informações por servidores do Fisco

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Por Paulo Roberto Netto
Atualização:

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) enviou notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de investigação sobre suposto acesso ilegal de informações financeiras do servidor por parte de servidores da Receita Federal.

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A medida faz parte da estratégia da defesa do filho do presidente para anular as investigações sobre 'rachadinhas' na Assembleia Legislativa do Rio sob alegação de que informações presentes no relatório que detectou movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz foram obtidas ilegalmente.

A notícia-crime chegou na PGR na última segunda, 26, e aguarda análise pelos procuradores.

A tese de ação ilegal da Receita havia sido apresentada pelas advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach ao presidente Jair Bolsonaro em reunião fora da agenda em agosto, no Palácio do Planalto. O encontro foi revelado pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época, e confirmado pelo Estadão. A discussão girou em torno da estratégia que será adotada pela defesa de Flávio, que alega suposto acesso ilegal às informações financeiras do filho do presidente por servidores da Receita.

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O senador Flávio Bolsonaro. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Também participaram da reunião o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. A presença dos dois motivou representações de parlamentares da oposição cobrando investigações perante o Ministério Público Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre suposto crime de advocacia administrativa, improbidade e abuso de autoridade.

As peças foram elaboradas pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e pelos deputados Alessandro Molon (PSB-RJ) e Natalia Bonavides (PT-RN).

Em nota, a defesa de Flávio Bolsonaro afirmou que 'levou ao conhecimento do Gabinete de Segurança Institucional as suspeitas de irregularidades' em relatórios sobre Flávio. O motivo seria que os documentos 'diferiam, em muito, das características, do conteúdo e da forma dos mesmos Relatórios elaborados em outros casos'.

Ainda segundo os advogados de Flávio, os relatórios anteriores não apontavam qualquer indício de atividade atípica por parte do senador". O caso foi levado ao GSI 'por ter sido praticado contra membro da família' do presidente, argumentaram os advogados.

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