Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Fausto Macedo, Alberto Bombig e Julia Affonso
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira, de fatiar a Operação Lava Jato, deu novo fôlego para o empresário Marcelo Odebrecht e para a estrutura de defesa dele, que tem à frente o advogado Nabor Bulhões, um dos mais renomados do País. O novo entendimento do STF deve diminuir o poder do juiz Sérgio Moro sobre as ramificações da Lava Jato para outros setores, como o elétrico, por exemplo.
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No entender da defesa, trata-se de um alerta feito pelo Supremo de que não existe nas leis a figura de um juiz nacional. Os assessores de Odebrecht, no entanto, são cautelosos ao tratar do assunto em público para evitar atritos com Moro.
O mais poderoso dos empreiteiros alvos da Operação Lava Jato completa neste domingo 100 dias encarcerado. Considerado por investigadores o homem que pode implodir a República se contar o que sabe sobre o esquema de corrupção descoberto na Petrobrás, Odebrecht repete desde que foi preso que a ordem para mantê-lo atrás das grades preventivamente da pela Justiça Federal "não se sustenta".