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Dados relacionados ao AVC continuam assustando

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Por Andre Gustavo Lima
Atualização:
Andre Gustavo Lima. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Dia 29 de outubro é o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). A data tem a finalidade de chamar atenção para as formas de prevenção da doença cerebral. Os dados relacionados ao AVC continuam assustando. No mundo 16 a 17 milhões de pessoas sofrem com a doença anualmente, e desses, seis milhões não sobrevivem. Segundo o Ministério da Saúde é a enfermidade que mais mata no Brasil, com mais de 100 mil vítimas fatais por ano. Estudos clínicos apontam que nove em cada dez casos estão relacionados com fatores de risco que podem ser prevenidos, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo.

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A pandemia vem agravar esse quadro. As pessoas estão fazendo menos atividades físicas e comendo mais. Estão mais ansiosas, e consequentemente, com a pressão arterial alterada. Os riscos de uma pressão descontrolada são muitos e um dos mais graves é o AVC.

O AVC é uma alteração do fluxo sanguíneo dentro do cérebro. Em torno de 15% dos casos ocorrem por extravasamento de sangue em alguma região do cérebro, provocando um coágulo, esse é o AVC hemorrágico. Os outros 85% acontecem por falta de sangue em alguma região do cérebro, provocando o AVC Isquêmico. O socorro imediato pode reduzir ou atenuar as seqüelas - até 4h30min após o início dos sintomas o paciente tem 30% mais de chances de obter bons resultados - que caso aconteçam serão tratadas com fisioterapia, sessões de terapia da fala e sessões de estimulação cognitiva. A cada minuto sem tratamento 1,9 milhão de neurônios são perdidos.

Embora a maioria dos acidentes vasculares ocorra nas pessoas com mais de 65 anos (o risco é 30 a 50 por mil nesta faixa etária), hoje existe um aumento abrupto dos casos de AVC entre pessoas na casa dos 35 e 55 anos. As vítimas jovens de derrame se beneficiam mais do tratamento imediato. É importante que se conheça os sintomas iniciais que são perda súbita de força e formigamento no rosto, braço ou perna de um lado do corpo; dificuldade de falar; perda de visão repentina em um os nos dois olhos; dor de cabeça e sem causa aparente e vertigem ou dificuldade de caminhar.

O AVC atinge mais o sexo masculino e está crescendo entre as mulheres, principalmente no período da menopausa. Uma pessoa que fuma tem 50% a mais de chance de ter um AVC, tanto o hemorrágico como o isquêmico. Uma pessoa que já teve AVC tem grandes chances de desenvolver outro. É muito importante descobrir a causa do primeiro para prevenir o segundo, que na maioria dos casos, possui sequelas mais graves.

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*Andre Gustavo Lima, neurologista. Membro da Academia Brasileira de Neurologia. Diretor da Neurovida

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