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Curitiba, 15h, Moro e Cunha frente a frente pela primeira vez

Em audiência cercada de grande expectativa, juiz da Lava Jato vai interrogar um dos seus muitos réus, o ex-presidente da Câmara, acusado de receber propina de US$ 5 milhões na compra pela Petrobrás, em 2011, de parte do campo de Benin

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Por Ricardo Brandt , Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Atualização:
 Foto: Estadão

O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), vai ser interrogado nesta terça-feira, 7, pelo juiz federal Sérgio Moro, símbolo da Operação Lava Jato. É a primeira vez que Moro e Cunha ficam cara a cara. A audiência está programada para ter início às 15 horas, na 13.ª Vara Federal de Curitiba, base da Lava Jato.

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O ex-deputado está preso em Curitiba. A Polícia Federal o prendeu por ordem Moro em 19 de outubro de 2016. Até aqui, o peemedebista escolheu o silêncio como estratégia. Mas, nesta terça, seu comportamento ainda é uma incógnita - ele poderá ir além das respostas exclusivamente sobre a acusação que pesa contra ele neste processo.

Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado teria recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes à aquisição, pela Petrobrás, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.

O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.

O Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, também em contas no exterior - a transação está sendo investigada em outra ação, específica contra a mulher do peemedebista.

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