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Cunhada de Vaccari deixa prisão da PF

Marice Corrêa de Lima, sob suspeita de receber propinas de empreiteira da Lava Jato, teve prisão temporária revogada pelo juiz federal Sérgio Moro

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Por Redação
Atualização:

Marice deixa a carceragem da PF, em Curitiba. Foto: Gisele Pimenta/Frame

Por Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso

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A cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto deixou às 17h15 desta quinta-feira, 23, a Custódia da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde estão concentrados os processos da Operação Lava Jato. Marice Corrêa de Lima estava presa desde sexta-feira, 17, depois de se entregar, ao chegar no Brasil, em retorno de uma viagem ao Panamá de dez dias.

A força-tarefa da Lava Jato suspeita que a cunhada "funcionava como uma auxiliar de João Vaccari Neto para operacionalizar a propina destina ao Partido dos Trabalhadores".

Na terça-feira, o juiz federal Sérgio Moro havia prorrogado por mais cinco das a prisão cautelar de Marice. Nesta quinta-feira, 22, ele revogou o pedido, após constatação de que a cunhada não mentiu à Polícia Federal ao negar ter feito depósitos na conta da irmã e mulher de Vaccari, Giselda Corrêa de Lima, em março deste ano.

Marice deixou a sede da PF ao lado do criminalista Claudio Pimentel, que a defende. Ela não quis falar com a imprensa.

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Vídeos. O Ministério Público Federal, convencido de que Marice ocultava valores ilícitos da OAS, requereu sua prisão preventiva no início desta semana. A força-tarefa da Lava Jato sustenta que Marice aparece em imagens de segurança de uma agência bancária fazendo transferências de valores que teriam abastecido a conta de sua irmã, Giselda, mulher de Vacccari.

 Foto: Estadão

Para o criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende João Vaccari Neto, a revogação da prisão temporária de Marice "representa um profundo bom senso do juiz (Sérgio Moro) no sentido de verificar e confirmar posteriormente que as imagens (do sistema de segurança da agência bancária) realmente são da Giselda".

D'Urso é taxativo. "Giselda fazia depósitos em suas próprias contas, como sempre fez durante todo o período que o Ministério Público Federal entendeu por suspeito. Na verdade, esses depósitos todos têm origem lícita, oriundos dos recebimentos auferidos pelo próprio Vaccari, fruto de seu trabalho. Tudo tem origem lícita, tudo é legal."

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