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Cunha recebeu R$ 5 milhões de propina na cadeia, diz delator

O empresário do grupo JBS, Joesley Batista, revelou, em delação premiada, que o valor era referente à 'dívida' de R$ 20 milhões com o ex-deputado devido à atuação dele em projeto que desonerou a cadeia produtiva de frango

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Foto do author Beatriz Bulla
Por Fabio Fabrini , Fabio Serapião , Beatriz Bulla e de Brasília
Atualização:

Eduardo Cunha tomou 'banho' de dólares durante entrevista na Câmara em novembro de 2015. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O empresário Joesley Batista, da JBS, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pago R$ 5 milhões de "saldo de propina" ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois de preso pela Lava Jato. O empresário relatou que o valor se refere a uma dívida de R$ 20 milhões com o ex-deputado, referente à atuação dele na tramitação de projeto de lei que desonerou a cadeia produtiva do frango.

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No depoimento, o empresário sustentou que informou o presidente Michel Temer, em reunião no Palácio do Jaburu, que pagamentos a Cunha haviam cessado e que ainda dava R$ 400 mil de mensalidade a Lúcio Bolonha Funaro, também preso, apontado como operador do peemedebista e do empresário em esquemas de corrupção. O objetivo dessa mesada, explicou o depoente, era garantir o silêncio tanto de Funaro quanto de Cunha.

"Temer disse que era importante continuar", diz trecho do depoimento.

O presidente nega ter dado aval aos pagamentos. A defesa de Cunha, procurada, ainda não se pronunciou.

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