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Cuidado é palavra de ordem quando o assunto é saúde emocional nas empresas

Por Mariana Marques
Atualização:
Mariana Marques. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O mundo experimentou e ainda se adapta às mudanças drásticas que ocorreram neste mais de um ano e meio de pandemia da Covid-19. Insegurança, aumento de carga horária de trabalho, mudança na rotina, afastamento da família para evitar contágio são alguns dos fatores que impactaram severamente não só a saúde física, mas também a saúde emocional dos indivíduos.

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O esgotamento profissional é notoriamente maior nos últimos tempos. Vemos no nosso cotidiano um crescimento avassalador de profissionais diagnosticados com a síndrome de burnout. Dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) mostraram que sintomas de ansiedade e depressão afetaram 47,3% dos trabalhadores essenciais durante esse período de pandemia. A pesquisa inclui números de brasileiros e também espanhóis. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 11,5 milhões de pessoas no Brasil sofrem com depressão e a Síndrome de Burnout também cresce como um problema a ser enfrentado pelas empresas.

E diante deste cenário amplia-se também a preocupação das empresas com o bem-estar de seus colaboradores, independentemente dos cargos que ocupam. Afinal, para um bom desempenho, a saúde, seja ela, física ou emocional, é primordial. Priorizar a qualidade de vida daqueles que fazem a engrenagem funcionar é agora questão de ordem.

Manter a produtividade das empresas vai além da cobrança de desempenho. Um funcionário com síndrome de burnout reduz significativamente a sua produção e, a única forma de evitar que isso aconteça é fornecer um ambiente de trabalho com menos desgaste, principalmente psicológico.

As companhias sabem e buscam alternativas para amenizar os impactos de uma demanda crescente de profissionais exaustos, acometidos por essa avalanche de situações dos últimos tempos. Há um aumento na procura das corporações por programa de saúde e bem-estar, que proporciona atendimento com o foco na qualidade de vida dos trabalhadores.

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Falo com propriedade sobre o assunto. Não temos medido esforços para que todos à nossa volta, na nossa empresa, e nossos clientes e comunidades busquem o auxílio necessário, quando é preciso. Eu mesma me dedico à busca pela qualidade de vida. Exercitar a mente, manter práticas de exercícios físicos, tirar um tempo para reflexão, a leitura de bons livros e garantir o equilíbrio familiar, espiritual e profissional. É preciso - e mandatório - ter uma válvula de escape. Isso vale para mim, para você e para todos. Não é de hoje que a saúde emocional de profissionais pede maior atenção. Vem crescendo constantemente. A grande concorrência e a redução de vagas no mercado de trabalho, as condições financeiras, a exigência de ações cada vez mais velozes, a procura de um alto consumo pelas mídias sociais, enfim, uma infinidade de situações que impactam diretamente. Sermos conscientes de que somos, nós como empresas, propulsores para melhorar a saúde das pessoas é a única forma de reduzirmos as incidências de burnout.

*Mariana Marques é CEO da Amarq - consultoria em benefícios com foco na inteligência em saúde e bem-estar

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