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Crise na Lava Jato adiou depoimento de presidente da CCJ e de amigo de Lula
A paralisação dos depoimentos da Lava Jato foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PGR após divergências entre os procuradores e a Polícia Federal
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Por Redação
Atualização:
Por Andreza Matais, Talita Fernandes e Beatriz Bulla, de Brasília
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A crise entre a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República adiou os depoimentos de dois deputados e um senador, além de outros três investigados sem mandato pela Operação Lava Jato. O Estado apurou que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Arthur de Lira (PP-AL), o líder do PP, deputado Eduardo da Fonte (PE), e o senador Benedito de Lira (PP-AL) tiveram os depoimentos cancelados nesta semana, além de um ex-diretor da Odebrecht ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, prestaria depoimento nesta semana. Reportagem do jornal O Globo revelou que Alexandrino acompanhou o ex -presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013. A empresa pagou as despesas do vôo, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do voo, esta registrado como "passageiro principal: voo completamente sigiloso." A empreiteira é uma das investigadas na Operação Lava Jato. A lista inclui de depoimentos adiados inclui ainda o ex-deputado Roberto Teixeira e José Carlos Gubisich. Este último e Alexandrino estariam sendo ouvidos como testemunha.
Presos da Operação Lava Jato
1 / 22Presos da Operação Lava Jato
Renato Duque
O engenheiro eex-diretor de Serviços da Petrobrás entre 2003 e 2012, diretoria ligada ao PT Foto: André Dusek/Estadão
Fernando Soares
Conhecido como Fernando Baiano, o empresário apontado como operador do PMDB no esquema de desvios da Petrobrás, foi citado por quatro delatores da Lav... Foto: GERALDO BUBNIAK/AGBMais
João Vaccari Neto (PT)
O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou em depoimentos à Justiça Federal que o tesoureiro do PT era o "operador" do partidoem diretorias... Foto: André Dusek/EstadãoMais
Agenor Franklin Magalhães Medeiros
Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor internacional da OAS. Foi denunciado e preso.Reunidas em cartel, as empreiteiras combinavam previamente pr... Foto: DivulgaçãoMais
Ricardo Ribeiro Pessoa
Presidente da UTC, foi denunciado e preso. Ricardo Pessoa é apontado como o líder do cartel. Para a defesa do executivo,a acusação do Ministério Públi... Foto: Marcos Bezerra/Futura PressMais
José Ricardo Nogueira Breghirolli
Funcionário da OAS. Ele fazia pagamentos a políticos e autorizava remessas fraudulentas em nome da OAS para oexterior.A defesa do funcionário nega irr... Foto: DivulgaçãoMais
Alberto Youssef: 122 e 2 meses
Apontado pela PF como principal operador do esquema de corrupção e desvios na Petrobrás, Yousseffez acordo de delação premiada em troca de redução de ... Foto: JOEDSON ALVES/ESTADÃOMais
Nestor Cerveró
Além deste episódio, Baiano também afirmou ter se reunido com Bumlai e outros executivos da estatal no Rio para acertar o repasse de US$ 5 milhões par... Foto: André Dusek/EstadãoMais
Paulo Roberto Costa: 74 anos, 6 meses e 10 dias de prisão
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrásfoi condenado a 74 anos, seis meses e dez dias de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro.No entanto, co... Foto: Dida Sampaio/EstadãoMais
Pedro Corrêa (PP-PE)
O ex-deputado Pedro Corrêa, preso na Lava Jato e no mensalão Foto: CELSO JUNIOR/AE
André Vargas (sem partido)
Ex-petista é investigado por crimes que vão além da Petrobrás e envolvem atécontratos de publicidade da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saú... Foto: ALBARI ROSA/AGPMais
Luiz Argôlo (SD-BA)
É suspeito de receber ao menos R$ 1,2 milhão do doleiro Alberto Youssef e, segundo as investigações da Polícia Federal, ter se tornado sócio dele na e... Foto: DIVULGACAOMais
Dário de Queiroz Galvão Filho: 23 anos
O diretor-presidente da Galvão Engenharia foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 23 anos de prisão, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação c... Foto: DivulgaçãoMais
Mateus Coutinho de Sá Oliveira
Vice-presidente do conselho da OAS, Mateus Coutinho foi denunciado e preso. A defesa do executivo nega irregularidades e afirma que ele está "preso pr... Foto: Paulo Lisboa/EstadãoMais
José Aldemário Pinheiro Filho
Presidente da OAS, ele foi denunciado e preso.Reunidas em cartel, as empreiteiras combinavam previamente preços de obras da Petrobrás. Com isso, os co... Foto: Dida Sampaio/EstadãoMais
Nelma Kodama
Doleira condenada a 18 anos de prisão por envolvimento com o esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas desmantelado pela Operação Lava Jato. ... Foto: ReproduçãoMais
Sérgio Cunha Mendes
Vice-presidente executivo da Mendes Júnior. Denunciado e preso.Reunidas em cartel, as empreiteiras combinavam previamente preços de obras da Petrobrás... Foto: ReproduçãoMais
Dalton dos Santos Avancini
Presidente da construtora Camargo Corrêa. Daltonfoi preso, mas após firmar acordo de delação premiada foi para prisão em regimedomiciliar.Reunidas em ... Foto: PAULO LISBOA/BRAZIL PHOTO PRESSMais
Gerson de Mello Almada
Vice-presidente da Engevix, ele foi denunciado e preso. Reunidas em cartel, as empreiteiras combinavam previamente preços de obras da Petrobrás. Com i... Foto: Carol Carquejeiro/ValorMais
João Ricardo Auler: 9 anos e 6 meses
Presidente do conselho de administração da Camargo Corrêa, atuava com outras empresas combinando previamente os preços de obras da Petrobrás. O cartal... Foto: ReproduçãoMais
Eduardo Hermelino Leite
Vice-presidente da Camargo Corrêa. Foi preso, mas cumpre prisão em regime domiciliar, depois de firmar acordo de delação premiada.Reunidas em cartel, ... Foto: DivulgaçãoMais
Erton Medeiros Fonseca: 12 anos e 5 meses
Diretor-presidenteda Divisão de Engenharia Industrialda Galvão Engenharia foi condenado a 12 anos e 5 meses de prisão em dezembro de 2015, por corrupç... Foto: Polícia Federal/DivulgaçãoMais
Num outro ponto de desentendimento, a polícia teria pedido ao STF novas diligências a partir dos documentos analisados sem consultar previamente a procuradoria. Para os policiais, o estresse quanto a isso foi causado porque a procuradoria quer limitar as investigações e não teria como justificar a negativa de um pedido para avançar no inquérito. Já para os procuradores, a PF tomou a dianteira de forma indevida uma vez que o próprio ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, definiu na abertura dos inquéritos que o autor "incontestável" das investigações é o MPF.