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Credores aprovam plano de recuperação da OAS

Empresa alvo da Operação Lava Jato informa que 'após longo e complexo processo de negociação' plano é aprovado definitivamente: dívida deverá ser paga em até 25 anos

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Por Fausto Macedo
Atualização:
 Foto: Estadão

Após um longo e complexo processo de negociação de uma das maiores reestruturações de dívida do país, os credores do Grupo OAS, reunidos em assembleia na noite de quinta-feira, 17, e que avançou na madrugada desta sexta-feira, 18, aprovaram definitivamente o Plano de Recuperação Judicial proposto pela empresa.

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A OAS é um dos principais alvos da Operação Lava Jato. Seus executivos foram presos, processados e condenados por corrupção e lavagem de dinheiro.

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Em nota divulgada nesta sexta, 18, a OAS informa que a decisão da assembleia 'garante a continuidade das operações da Construtora OAS e das demais empresas do grupo, a manutenção de cerca de 100 mil empregos (diretos e indiretos) e o pagamento de credores e fornecedores'.

A aprovação do plano foi feita por ampla maioria dos credores que garantiram o quórum na assembleia, destacou a empresa.

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Os credores aprovaram a reestruturação da dívida, que deverá ser paga entre seis e 25 anos, de acordo com cada categoria de credor.

Durante a assembleia foi informado também que a canadense Brookfield (empresa de gestão de ativos de infraestrutura) manteve proposta de aquisição da parte da OAS na Invepar (24,4%) por R$ 1,35 bilhão.

O pagamento aos credores contará com esses recursos mais o caixa gerado pela OAS e a venda de outros ativos, como a OAS Óleo & Gás e OAS Soluções Ambientais. Os fornecedores receberão seus créditos em seis anos, assegura o Grupo.

Outro destaque do plano é a decisão de que a venda dos ativos também reforçará o caixa da área de engenharia e construção da OAS em até R$ 475 milhões, destinados à manutenção das atividades.

O Grupo OAS apresentou em 31 de março pedido de Recuperação Judicial de nove de suas empresas à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, solicitação que foi acatada pela Justiça no dia seguinte, 1º de abril.

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"A iniciativa foi o melhor caminho encontrado pelo Grupo OAS para vender seus ativos e avançar para a renegociação de suas dívidas com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o fim do ano passado para o setor de infraestrutura", diz a nota divulgada pelo Grupo.

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