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Crédito: uma mola propulsora para a retomada da atividade econômica

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Por Victor Loyola
Atualização:
Victor Loyola. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

A economia brasileira foi duramente pelo Covid-19. Os resultados dos principais setores da economia geram preocupação, principalmente porque ainda não há um horizonte claro sobre quando a pandemia termina. Apesar do início do processo de vacinação, ainda não se pode afirmar quando exatamente retomaremos o padrão de mobilidade pré pandemia.

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Mas quando esse cenário de pós-pandemia começar a se desenhar, o crédito será uma mola propulsora importante para a retomada do fôlego da economia do país. A demanda varia de acordo com o segmento. Por exemplo, no universo que envolve os autônomos que tiveram sua renda reduzida, os trabalhadores que estão atuando na informalidade, as pessoas com renda impactada pelos cortes temporários, outras que emprego, há uma grande procura. Sob o ponto de vista das instituições financeiras, é um público com perfil de risco pior, e para se protegerem da inadimplência, tornam o crédito mais restritivo ou mais caro.

Por outro lado, há segmentos em que a demanda por crédito está mais baixa. Envolve as pessoas que não tiveram sua renda impactada e que estão agindo com cautela neste momento de crise. O índice de confiança do consumidor ainda está baixo, o que faz muita gente pensar duas vezes antes de adquirir qualquer tipo de crédito. Quem não tem necessidade imediata não se arrisca a tomar um empréstimo em seu orçamento sem ter maior segurança no cenário futuro.

De maneira geral, em um momento de desbalanceamento entre oferta e demanda, o volume de crédito tende a cair. Mas a demanda reprimida reverte essa tendência aos primeiros sinais de retomada. A partir do momento em que a normalidade começar a ser restabelecida, é possível visualizar um crescimento mais acelerado do mercado de crédito, alavancado tanto pela retomada da economia, quanto por um maior índice de confiança do consumidor.

Haverá recuperação de renda, e muitos consumidores precisarão equalizar pendências em aberto e ao mesmo tempo as instituições financeiras entenderão que será momento de flexibilizar as políticas para acelerar seu crescimento e ganhar mercado. Nesse contexto, não tenho dúvidas de que o crédito será uma mola propulsora para a retomada da atividade econômica no curto e médio prazos.

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*Victor Loyola é empresário do ramo financeiro, cofundador e coCEO da ConsigaMais+

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